Entrevista a Mafalda Luís de Castro

sábado, 6 de fevereiro de 2010


Isabel, em ‘Lua Vermelha’, é a tua primeira protagonista na TV. Como recebeste a notícia?
Fui ao casting sem esperança nenhuma mas porque acho que nunca se deve faltar a um casting, nem que seja para sermos ‘postos à prova’. Recebi o convite com alguma surpresa, confesso, porque não fazia televisão a sério há algum tempo. Fiquei muito contente por considerarem que tinha perfil para a Isabel. Feliz mas com medo.
Acreditavas que podias ficar com o papel principal?
De início, achei um bocadinho estranho ter sido escolhida, porque não tenho aquilo que é considerado normalmente necessário para ser protagonista de uma série juvenil. Coisas que têm a ver com a aparência física. Mas depressa percebi que estava a trabalhar com uma produtora que procura para além disso. A SP está de parabéns pela luta que tem feito para ser diferente.

Estás convencida de que a série vai atrair os jovens?
Acredito muito neste projecto porque, apesar de o tema estar muito na moda, envolve muito mais do que isso. Nesta série não existem apenas vampiros. Existe uma escola onde acontecem situações normais para pessoas da nossa idade, problemas com que as pessoas se vão identificar, como a bulimia, a violência doméstica, o bullying, a solidão... É preciso também referir as cenas de acção e violência, que vão, de certeza, surpreender os portugueses. A série ganha muito pela qualidade destas cenas, que estão muito bem conseguidas.

O que gostavas de dizer e ainda não te perguntaram?
Provavelmente, não sabem que gostava de ser vampira.

Que dificuldades encontraste neste papel?
Talvez tenha sido imaginar a morte dos pais da Isabel, que morreram num acidente. Para conseguir que as cenas em que falo disso funcionassem, tive de imaginar isso a acontecer comigo. É preciso pôr verdade naquilo que fazemos, para as pessoas que nos vêem acreditarem. Também foi igualmente difícil imaginar o meu contacto com vampiros, porque é um assunto tão irreal... Mas esse é o desafio.

Como te preparaste?
Apoiei-me muito naquilo que aprendi no meu curso de teatro. Recordei algumas aulas de dramaturgia, onde aprendemos algumas bases para a construção de uma personagem. Também vi alguns filmes antigos, aconselhada por um grande amigo meu, dramaturgista, onde pude assistir a interpretações brilhantes de actrizes de há muitos anos. Mas não me inspirei em nenhuma em especial. Tentei trabalhar muito com a minha cabeça. Tentei criar a partir de mim.

Como justificas o gosto por este tipo de ficção?
Acho muito compreensível esta moda dos vampiros. Na verdade, não é bem ‘nova’, porque os vampiros nasceram no século XIX. Estamos constantemente a ir buscar coisas ao passado e reinventamo-las. Penso que é por isso que este tema tem funcionado tão bem junto dos jovens. Agora, os vampiros são bons, já não dormem em caixões e são imunes ao alho e aos crucifixos. Juntando a isto, temos a história de um amor impossível entre um vampiro e uma humana que funciona sempre.

A TVI tem uma série semelhante. Já viste?
Ainda não vi mas quero ver, e desejo-lhe sucesso também.

Quando começaram as gravações?
Dia 2 de Novembro. E foi muito bom a SIC ter querido fazer isto com muita calma, porque o tema que estamos a tratar, retratar vampiros, não é fácil e poderia cair no ridículo.
CM

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