Olhar a SIC de manhã

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As novas manhãs da SIC estrearam a 14 de Março e “Querida Júlia” apresentado por Júlia Pinheiro, inicialmente a solo, passou a ser a nova oferta das manhãs para os espectadores. Agora, Júlia partilha o protagonismo com Ana Marques, eu discordo, pois Júlia Pinheiro é uma das melhores apresentadoras em Portugal e não precisa da “ajuda” da sua amiga. Eu não gosto de ver tal dupla, acho que não interagem bem e a Ana dá uma sensação de “formiga” ao lado do “elefante” Júlia. Afinal, alguém disse no inicio… Dupla? Não! Mas acha que Júlia precisa de alguém para vencer? Claro que não. (E eu concordo!)

Relativamente ao programa e aos conteúdos, ele arrancou mal. Quando estreou, deveria ter uma fórmula bem definida e com os conteúdos todos lá, para mostrar o que tinha a oferecer aos espectadores. Eu disse na altura, uma estreia é “uma montra de venda” e como mostrou pouco, tem vendido pouco. Além disto, o que mostrou nos programas iniciais não agradou nem cativou o público para ver SIC.

Júlia é esperta, inteligente e conhece como poucos como se faz um formato das manhãs. É certo que é preciso tempo, porém, algo vai mal e os resultados comprovam. Perante tal situação, já se começam a notar mudanças nos conteúdos e o formato já não tem abordado casos e temas tão pesados, começam a surgir cantores e bandas a actuarem mas é preciso nomes de peso como Marco Paulo, Rui Veloso, Tony Carreira, Rita Guerra, e muitos outros que as pessoas gostam de ver, já existem entrevistas de vida como a de Moniz, caras da ficção a marcarem presença como Joana Santos e Rui Porto Nunes, e até já aborda assuntos do “Peso Pesado”, o que acho muito bem.

O “Querida Júlia” dá a sensação que é um saco grande com pouca coisa dentro, e por isso é preciso começar a introduzir mais coisas e a compactar, ter mais ritmo e não uma sensação de vazio com casos de 30 minutos ou mais. Penso que para além das alterações que já estão acontecer, poderia existir uma rubrica diária, “Revista da Novela”, onde se mostrasse o principal do dia de “Laços de Sangue” para cativar o público a ver à noite. Poderia estar presente por vezes um actor e ser debatido um assunto do seu núcleo, ex. poker, alcoolismo, gravidez, namoro na adolescência, empregos, etc. Tal com existir uma rubrica idêntica à que Nuno Eiró fazia no “Fátima” dando conta de noticias caricatas que acontecem num estilo cómico. E depois falta humor, César Mourão faz muita falta porque ele é excelente, se quer descansar, chamem outros para o substituir e animar a manhã da SIC.

Eu acredito no programa e confio em Júlia Pinheiro, não é tempo de se pensar que não vai melhorar. É tempo de encontrar a fórmula certa, fazer melhorias e fazer promoção ao “Querida Júlia”, pois actualmente, sem promoção não ajudará nada! A SIC quando se empenha como para “Laços”, “P. tem T.” ou “Peso” faz excelentes promoções.

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