Não há Gato...

domingo, 6 de novembro de 2011

Regressar ao ecrã em 2012 é "pouco provável", dizem os Gato Fedorento. Afastados há dois anos, profissionais não duvidam: o quarteto-fenómeno faz muita falta.
Serão os Gato Fedorento sinónimo de boas audiências? Sim. As estações estão interessadas neles e continuam a enviar convites? Também. Será o orçamento do quarteto demasiado elevado para a televisão actual? Não. Depois de dois anos fora do pequeno ecrã, fica a dúvida: porquê a ausência de Ricardo Araújo Pereira, José Diogo Quintela, Miguel Góis e Tiago Dores? O problema aqui... é o formato de televisão.

"Voltar em 2012 não é um cenário provável. Temos convites dos canais generalistas, interesse que prezamos. Não só da SIC, todos os canais nos abordaram no fim do contrato (2009) e, volta e meia, renovam o convite. Mas neste momento, estamos a pensar no que havemos de fazer. Estamos numa fase em que não sabemos bem o que se pode seguir para nós, enquanto Gato Fedorento", contou à Noticias TV Ricardo Araújo Pereira. O humorista, que refere sentir na rua a vontade do público de os ter de volta à TV, acrescenta que o regresso poderia ter sido este ano. "Houve a hipótese de repetirmos o Esmiúça os Sufrágios na SIC, nas últimas eleições, mas achámos que não o devíamos fazer para não sermos repetitivos", justifica o "líder" do quarteto-fenómeno. O mesmo explica que a ausência dos Gato não se prende por razões financeiras. "Claro que há dinheiro para nos contratar. O problema não é esse", afirma Araújo Pereira.

Depois de sete anos a fazer rir no pequeno ecrã, saltando da SIC Radical (Série Fonseca e Série Barbosa) para a RTP (Série Lopes da Silva e Diz Que É Uma Espécie de Magazine, e culminando, depois, na SIC (Zé Carlos e Esmiúça os Sufrágios), os quatro têm-se dedicado às campanhas da PT e da MEO, com quem trabalham desde 2006. O último projecto da sinergia é o Fora da Box. "Não é uma série de TV, é um anúncio num formato diferente, que sai de três em três meses", explica Ricardo Araújo Pereira. Com o quarto episódio a estrear-se em Novembro, na Web, os Gato Fedorento chegam ao final do contrato que os une à operadora. "O contrato termina no final do ano, vamos ver o que acontece a seguir...", deixa no ar Araújo Pereira. Apesar do silêncio em torno do orçamento do quarteto, em 2010, um jornal avançou que a PT terá pago uma verba total de 2,24 milhões de euros, a dividir pelos quatro elementos.
Além disso, Ricardo Araújo Pereira tem-se dedicado às crónicas semanais na Visão e à colaboração no programa da TSF Governo-Sombra. José Diogo Quintela escreveu artigos de opinião para A Bola e para o Público, foi jurado no concurso "Portugal tem Talento" (SIC) e abriu recentemente uma padaria, em Lisboa. Já Tiago Dores tem participado em torneios de ténis, em Espanha. Miguel Góis continua como colunista do jornal Record.

A ausência do quarteto tem sido também lamentada por profissionais da televisão. Herman José não tem dúvidas: "Gente com aquele talento e frescura faz sempre falta. O nosso universo de criadores é pequeno de mais para não se ressentir com a sua ausência", explica o humorista, acrescentando que o êxito dos Gato "não se explica, acontece quando capacidade de trabalho, talento e sorte se juntam", diz Herman.

Nilton concorda. "Fazem sempre falta bons produtos na TV e os Gato são um exemplo disso. O humor deles é inteligente e assertivo", explica o apresentador de 5 para a Meia-Noite. Pedro Boucherie Mendes, director-geral da SIC Radical, é claro: "A inteligência faz sempre falta à nossa TV. Eles têm uma invulgar qualidade no texto, autenticidade e muito boa química entre os quatro", explica Boucherie.

Mas, afinal, o que poderão fazer os Gato a seguir? "Eles já fizeram quase tudo. Talvez pudessem fazer uma sitcom agora", diz Nilton. Boucherie apostaria num "formato fora do registo habitual deles, uma coisa mais de rua", adianta o director dos canais temáticos da SIC. Herman José difere: "Fazem bem em preservar-se enquanto dura a campanha da MEO, para evitar os efeitos nefastos da sobreexposição mediática", remata Herman.

6 comentários:

  1. Estes senhores decidiram afastar-se dos ecrãs por uns tempos para não serem vitimas da sobreexposição mediática...
    ...em contrapartida entram-nos todos os dias em casa, vezes sem conta, com piadas em anúncios cada vez mais secas mais que esgotadas.

    Se não queriam que as pessoas se cansassem deles, pois bem, lamento dizer-lhes mas CONSEGUIRAM!

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  2. o diogo quintela foi jurado do Portugal tem talento não do Achas que sabes dançar. p.f. corrige Joao Rodrigo

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  3. Há muito tempo que estes 4 já não se podem aguentar na televisão.
    «Absolutamente irritantes» é a expressão que melhor os define.
    Um grupo de vendidos que só não aceita eventuais convites para voltar a fazer televisão porque anda a encher os bolsos à custa dos portugueses que indirectamente (via PT) lhes anda a pagar salários hollywoodescos em troca de spots completamente idiotas.
    Bem sei que eles não têm culpa das fortunas que lhes dão a ganhar e se a PT fosse completamente privada eu nem sequer reclamaria,mas como não é o caso...
    E aquela postura que eles têm de "liberais de esquerda pseudo-intelectuais" que não dão entrevistas às revistas de tv porque são demasiado inteligentes e importantes para isso,cai inteiramente por terra quando os vemos a passear de BMW e a fumar charutos cubanos como se fossem clones do "finito» Herman José!
    Enfim,é caso para dizer:ganha fama e deita-te a dormir!

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  4. Obrigado anónimo das 16:43!
    Já está corrigido.

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  5. É possível que um deles volte em Fevereiro com um programa de late night muito interessante. Vamos ver o que dizem todas as partes.

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  6. Estes 4 são impossíveis! Imitaram o Herman desde o início. Aprenderam com ele a escrver o textos e fizeram coisas como tentar entrar pelas cantigas humorísticas para ficarem mais populares - o resultado?! Um autentico vómito artístico. Depois tentaram imitar aquilo que o Herman fazia no herman Sic - falar com os personagens através do ecrã durante o programa. O resultado?! mais uma vez um desastre. Agora é o Zé diogo Quintela a imita-lo nos anúncios que nós pagamos (voltou a Maximiana!). Enfim, não regressam à televisão e isso é positivo. O humor deles está esgotado - vê-se pelos anúncios que são meras brincadeiras de rapazes da minha idade. A PT paga-lhes por anúncio o que muita gente ganha em 5 anos e neste caso a arte repousa inerte, longe dos quarto. Bem-hajam longe do público rapazitos

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