Consegue medir a temperatura da ficção da SIC? Essa pergunta tem rasteiras (pausa). Acredite que não... A SIC está a passar por uma fase à qual nós actores damos todos muito valor. No futuro, tudo vai depender da própria gestão da SIC e, nomeadamente, de Gabriela Sobral [directora de Produção Nacional de Carnaxide] e de quem a rodeia. A ficção está numa fase ascendente desde Perfeito Coração, com o pico máximo em Laços de Sangue. A grande prova de fogo é a nossa novela. Não há aqui nenhuma co-produção com a TV Globo. Aquilo que nós conversamos, entre nós actores, é que a SIC invista também em séries. A RTP já o está a fazer, e bem. Mas a ficção está muito quente, porque há muito brain storming, neste momento, dentro da SIC. Espero que Rosa Fogo alcance um sucesso maior do que Laços de Sangue.
Mas em termos práticos, o que é que a ficção da SIC tem que a da TVI, por exemplo, não tem? Para já, os segmentos. A SIC atinge um segmento e a TVI outro. Comercialmente falando, é assim que as coisas funcionam. A SIC tem um público de classe média, média alta. E a TVI de classe média, média baixa. Com a crise actual que vivemos, estas classes ficam mais díspares. Começa a desaparecer a classe média e a haver, cada vez mais, uma classe alta e outra baixa. Há aqui um grande desafio para a TVI: obrigar a impor mais qualidade no seu produto. E também tem de se aprimorar mais no aspecto da fotografia.
Muitas pessoas olham para si como um galã ou um sex symbol nacional. Isso incomoda-o? Aprende-se a viver com isto? Nunca foi uma preocupação, para ser sincero. Aceitando esse facto como um elogio, é bom e fica-se contente. Depois, é uma questão de se saber lidar com isso e perceber em que é que isso vai ou não afectar a nossa vida.
Mas sejamos sinceros: na representação, ajuda ser-se bonito? Claro que ajuda! Que venha outra pessoa dizer que não. Mas o público também acaba por dar valor a quem tem esses atributos e é um actor reconhecido. Isso dá uma satisfação enorme. Mas ser bonito ajuda só um bocadinho, depois falta o resto: a garra, o talento, a inteligência, a perspicácia. Tanta coisa. Se não há isto, é-se apenas mais um "actorzeco".
Desde que começou a gravar a novela, tem estado a viver num hotel em Lisboa durante a semana e vai para Fafe [onde vive a mulher e o filho] aos fins-de-semana. Como tem sido deixar o Norte? Não é nada fácil, mas se formos a ver já faço isto há sete anos. Às tantas já acabo por tratar a A2, a A8, a A29 e a A16 como a minha casa (risos).
Visitar a sua mulher, a empresária Fernanda Marinho, e o seu filho, Lourenço, que fez recentemente 2 anos, apenas aos fins-de-semana é a parte mais difícil?
Não é fácil, mas é a vida que cada um escolhe. É a vida de actor. Eu já tinha esta profissão e já sabia o que queria da vida quando conheci a Fernanda. Adaptámos os nossos estilos de vida, naturalmente. Mas não é nada fácil.
O José mantém uma relação de vários anos com Fernanda. Qual o segredo da estabilidade amorosa? Se é que existe... Acho que não existe. Enquanto há vontade, necessidade de descoberta, respeito, vontade de viver com outra pessoa, vontade de agradar ao outro, enquanto se sente a falta do calor dessa pessoa, enquanto se pensar nela durante o dia, enquanto se vê uma notícia pouco tempo depois de ela ter um acidente e imediatamente a seguir nos lembramos dela, enquanto se vê uma pessoa parecida e lembramo-nos logo, enquanto houver esse grande fascínio pela outra pessoa, isso é amor. Depois o próprio tempo vai fazer que isso se consolide e seja tão necessário como viver. Enquanto houver essa faísca, não há razões para explicar o amor. Mas enquanto houver tudo isso, eu acredito nele.
Como é que a sua mulher reagiu às cenas quentes que protagonizou com Cláudia Vieira no início deRosa Fogo? Muito sinceramente, a minha mulher já está habituada a esse tipo de cenas. O próprio anúncio que fiz com a Mónica Bellucci [em 2007, para a marca Intimissimi] também foi um pouco nesta temática. A minha mulher já me conhecia neste tipo de trabalhos. Ela lida bem, como qualquer mulher pode lidar nestas circunstâncias. Havendo sinceridade, conversa e honestidade, supera-se tudo.
Mate a curiosidade das suas admiradoras e conte uma curiosidade que ninguém saiba sobre si. Olha, por exemplo, para eu adormecer tem de ser sempre virado para o lado direito e com o braço esticado (risos). Tem de ser assim, senão não dá (risos).
José Fidalgo, olhe que ao falar dos targets atingidos pelas classes mais altas na SIC e mais baixas na TVI( como mostram os estudos realizados pela Marktest)...ainda o acusam de estar a chamar «iletrados» aos fãs da TVI!
ResponderEliminarComo não compreendem o que é um ESTUDO...atiram-se a quem fala dele, como se apresentar um estudo fosse da responsabildade da própria pessoa!
Portanto...ninguém diga que há uma grande percentagem de diabéticos no país!
Sentem-se logo todos diabéticos! E acusam quem afirma isso, porque chamou diabéticos aos portugueses TODOS!
My God!!