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Não é só entre as televisões de sinal aberto que o novo sistema de medição de audiências provocou uma pequena revolução, como o DN, aliás, nos últimos dias, tem vindo a dar conta. Também no cabo isso está a acontecer, embora até aqui ninguém se tenha manifestado publicamente. Não tardará, digo eu.
Entre os canais de televisão paga, a SIC Notícias é a grande derrotada. Os primeiros registos da GfK dão-na em queda e no sábado o canal informativo de Carnaxide registou o seu mínimo histórico, 1,1% de quota de mercado. Não só ficou apenas com 0,4 pontos percentuais de vantagem sobre os seus competidores diretos na informação (RTP Informação e TVI 24 registaram 0,7% de share), como viu-se ultrapassada pelo AXN (1,5%), pela Fox (1,6%) e pelo Hollywood (1,7%).
Para quem acompanhou os testes da nova empresa que mede o consumo televisivo em Portugal, não é de espantar. Em muitos dias da última quinzena, quando a GfK ainda não estava a medir oficialmente as audiências, mas já o fazia em regime de ensaio, a SIC Notícias caiu do histórico primeiro posto para quarto e quinto lugar.
As perguntas são legítimas (tal como são as que a RTP insistentemente tem feito nos últimos dois dias): onde estão os milhares de espectadores que a SIC Notícias aparentemente perdeu? Para onde foram? Como é que amostras demográficas e socio-económicas do mesmo país podem, em dois ou três dias, dar resultados tão diametralmente opostos? Quem anda ou andou a enganar quem? Quem garante aos anunciantes que estão a investir nos canais certos? Como pode um mercado em crise atrair investimento publicitário se ninguém acredita nos números? O pântano está instalado.
CRÓNICA DE TV, por NUNO AZINHEIRA, em Diário de Noticias
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