Rodrigo Guedes de Carvalho: “Eu nunca faria, nem como diretor nem como pivô, as peças e
as reportagens que a RTP e a TVI fizeram. Porque sem qualquer argumentação, que
não seja ‘este sistema dá para desconfiar’, dizem que ele está viciado”, começa
por dizer o subdirector de informação da SIC, comentando em seguida a atitude
de José Rodrigues dos Santos no Telejornal: “O José Rodrigues
dos Santos gosta muito de frases bombásticas. Ele deve ter conhecimentos
técnicos extraordinários na área da electrónica para dizer isso (que o sistema
foi comprado na feira da ladra). Eu não me atreveria a comentar com essa
certeza um sistema que não conheço tecnicamente”.
“Repare: o Jornal das 8 está outra vez com audiências
simpáticas e a TVI já está novamente calada. Se fazemos um bom resultado, o
sistema é fiável, se fazemos um mau resultado, o sistema foi comprado numa
feira da ladra. Era curioso ver a RTP um dia com 36% e ganhar. Acha que ia haver
protestos? Isso é enervante e descredibiliza o mercado achei lamentável a forma
como fizeram peças sobre as audiências dentro de um serviço noticioso. A raiz
do serviço noticioso, seja uma entidade pública ou privada, é a de informar as
pessoas de forma objectiva. E aquilo foi usado como um editorial panfletário”,
afirmou, acrescentando em seguida que “é a lógica da batata. Houve ali um certo
desnorte do José Rodrigues dos Santos, talvez da direção de Informação, mas
ele, como pivô, corporizou aquilo com aquela sua teatralidade muito assertiva
que me pareceu completamente excessiva porque foi dar parte fraca, mostrou
nervosismo e quis trazer ao espectador uma luta que não lhe pertence. Repare:
aquelas peças são feitas para a SIC e para a TVI. São recados entre nós”.
Confrontado se esta revolta se prende com o facto de a RTP
ser uma televisão pública, o jornalista admite que sim “eventualente mas a
questão de ser estação pública é o melhor guarda-chuva que a RTP inventou nos
últimos anos. Não trabalham para as audiências quando perdem, não é? Mas quando
ganham ficam todos contentes. É um discurso político facilmente desmontável. Se
a RTP ganha, diz: ‘A RTP prova assim que tem a preferência dos portugueses e
que cumpre o serviço público’. Se a RTP perde, diz: ‘Nós não estamos na luta
das audiências.’ São as duas respostas-tipo. Ou estão ou não estão. Têm de
definir as coisas, de uma vez por todas. Achei a forma como aquilo foi
cavalgado completamente espúrio. Tive pessoas de um nível intelectual médio-alto
a perguntarem-me o que era aquilo da GfK e da Marktest, que não estavam a
perceber nada. Montaram uma campanha sem provas”.
E vai mais longe: “Dizer que
o sistema foi comprado numa feira da ladra, como o José Rodrigues dos Santos,
não me parece uma prova concreta. Dizer que se achava estranho que o presidente
da CAEM fosse o Luís Marques, como o Jorge Gabriel, roça a ofensa e prova
desconhecimento porque a presidência é rotativa. É o maior descrédito que se
pode lançar. Isso é dizer que o sistema é corrupto ou corrompível. É a implusão
de toda a Indústria. A medição de audiências não está isenta de suspeitas, mas
também posso ter a suspeita de que na Marktest, de vez em quando, pagavam a um
gajo para martelar as audiências. Foi nesse jogo que eu vi entrar pessoas da
RTP e da TVI.”
Prestes a finalizar,
um comentário ao que disse José Alberto Carvalho, quando o canal de Queluz de
Baixo revelou que alertara a GfK para certas irregularidades nos primeiros
dias: “Mas a TVI aceitou”, acusa Rodrigo Guedes de Carvalho: “O sistema da GfK
entrou em vigor com a aceitação unânime do mercado, não podia ser de outra
forma. Mas depois, com os resultados, puseram em causa o sistema. Isto parece
uma brincadeira de crianças: ‘Ah, estou a perder? Então não jogo. Pego na bola
e vou para outra casa.’ Isso não faz sentido! Nós nunca contestámos nada. A
semana passada, ganhei sete jornais de seguida, fiz alguma peça a dizer que sou
o maior? Não”.
A terminar, o pivô do Jornal
da Noite, admitiu, contudo, que “Nunca escondi que sou muito céptico em
relação ao sistema das audiências. Mas é o sistema em geral. Faz-me confusão
que mil indivíduos ou mil lares sejam representativos de milhões de pessoas e
que isso condicione toda uma indústria, todos os postos de trabalho e todas as
apostas e imagens que as pessoas fazem. Sempre me fez confusão, aqui ou no
estrangeiro. Disto isto, tem de haver um sistema, pelo qual as empresas, os
anunciantes e o público se regem. Se ele é bom ou mau, se é mais fiável, não
tenho conhecimentos técnicos para o dizer”.
Fonte: Fantastic / TV Guia
ainda essa cena das audiencias, ate ja enjoa
ResponderEliminarO pessoal na Sic andam muito nervosos...
ResponderEliminarMuito bem visto, Rodrigo Guedes de Carvalho!
ResponderEliminarA RTP montou uma campanha em pleno Telejornal! Deitou-o abaixo, pois retirou-lhe a seriedade que deve existir num serviço noticioso!
E o Jorge Gabriel a desconfiar do Luís Marques, ele que sabe que a presidência é rotativa...está a levantar suspeitas sobre os anteriores presidentes da CAEM, de quando foi a vez da RTP e da TVI!
Experiência própria?
Sobre a TVI, lá vem a imagem certa: Ganho? Então jogo!
Não ganho? Então não jogo!
São reacções de criança!
Então quem anda nervoso, Anónimo das 14:56? Quem deu origem à guerra?
Excelente profissional o Rodrigo Guedes de Carvalho, por isso é que eu gosto tanto da SIC , pelo seu profissionalismo, viva a SIC .
ResponderEliminarSubscrevo integralmente o k diz e pensa Rodrigo G. de Carvalho, mas eu vou mais longe, no futebol só ganha
ResponderEliminarquem eles querem, e há uns anos acontece o mesmo nas TVs há alguém que tem mto poder sobre estas empresas, por isso para mim as audiências valem o k valem não são fiáveis, isto é o País das bananas, salve-se quem poder, agora José Alberto Carvalho está feliz! as pressões resultaram!!!!!!! acontece o mesmo c/ RTP, isto é tudo um jogo de interesses, está tudo a saque....