A telenovela da SIC está a cativar as atenções ao abordar temas polémicos, ou que de algum modo são pouco exemplificados habitualmente na nossa ficção... Em "Dancin’ Days" a personagem Aníbal, interpretado pelo ator Vítor Norte, assumiu perante a mulher, Áurea, interpretada pela atriz Custódia Gallego, que era homossexual. O episódio captou uma audiência elevada, e a forma como a homossexualidade é abordada na televisão nacional merece críticas do presidente da ILGA (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero).
Na opinião de Paulo Corte-Real, a ficção nacional "está muito longe de atingir a maturidade". "Na novela, há uma ou duas personagens, entre dezenas". O responsável diz ainda que os cidadãos gostam de ser representados na ficção porque precisam de modelos para a construção da sua personalidade.
Uma vez que está previsto que as duas personagens gays vão deixar a novela antes do seu final, o presidente de ILGA afirma que, uma vez mais não se irá ver um casal com manifestações de afecto, com divergências e problemas.
Para António Serzedelo, presidente da Opus Gay, estas questões "estão mais normalizadas e aceites", sobretudo nos meios urbanos, e afirma que a SIC, também pela sua ligação à Globo, "tem mostrado alguma abertura" para estas questões.
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