No entanto, não é o tempo de duração da estação que me faz parabenizá-la, mas sim todo o esforço e dedicação das pessoas que a tornaram numa estação televisiva com valores tão louváveis como a criatividade, a inovação e, acima de tudo, a liberdade.
A importância que a SIC teve (e tem) quer no panorama televisivo, como no panorama social é indiscutível. Ela deu término a um serviço exclusivo de 35 anos de televisão estatal. Todos os bons valores da SIC acabaram por ser transmitidos e adaptados pela sociedade portuguesa, através de uma informação sem medos.
Muitos dos actuais profissionais de televisão aprenderam a fazê-la na estação de Carnaxide. Pertenceram a esta grande aventura nomes como Bárbara Guimarães, Fátima Lopes, Clara de Sousa, Júlia Pinheiro, Catarina Furtado, José Figueiras, Jorge Gabriel, Rita Ferro Rodrigues, Daniel Oliveira, Rodrigo Guedes de Carvalho, entre muitos.
Quando surgiu, demonstrou ser uma verdadeira onda de frescura. Com uma equipa jovem e com espírito inovador, os portugueses ganharam uma nova forma de ver televisão. Programas de entretenimento e ficção de grande êxito como Chuva de Estrelas, Furor, Herman SIC, Floribella, Big Show SIC, Ponto de Encontro, A Noite da Má Língua, Ídolos, Uma Aventura, Agora ou Nunca, SIC 10 Horas, Portugal tem Talento, Médico de Família, O Juiz Decide, Peso Pesado, entre tantos outros, demonstraram que a criatividade não está morta no nosso país.
Hoje, apesar de, na minha opinião, grande parte dessa frescura/inovação ter desaparecido, o canal liderado por Francisco Pinto Balsemão continua a ser o canal mais arrojado e diversificado, mesmo com todo o tipo de dificuldades económicas que possam existir. E o melhor exemplo disso é o programa exibido aos sábados à tarde, Alta Definição, que com um orçamento inicial de zero euros se tornou num autêntico fenómeno de audiências, alcançando mais público que várias apostas caras de horário nobre.
Em suma, a SIC fez com que em 20 anos de vida todo o tipo de emoções humanas fossem transportadas ao público lusitano. Magia aconteceu e Portugal sentiu-a.
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