No prazo limite painel da GfK ainda não é consensual.
Empresa de António Salvador tinha até ao dia 28 de Fevereiro para terminar correcções, mas ainda haverá detalhes por afinar...
Entrou no dia 1 de Março em vigor o painel renovado de medição de audiências de televisão mas, depois de um ano de polémica que se sucedeu à substituição da Marktest pela GfK, o processo pode ainda não estar fechado.
A Comissão de Análise e Estudos de Meios (CAEM) esteve reunida no dia em que terminou o prazo para a correcção do sistema. O novo painel foi analisado e será emitida uma posição oficial da entidade que representa os três "stakeholders" do mercado: televisões, operadores e anunciantes.
Durante o processo de correcção, iniciado a 2 de Janeiro, a empresa de António Salvador procedeu à substituição de cerca de 300 dos mais de mil lares que integravam a amostra do sistema de audiometria, para corrigir os erros detectados pela auditoria da CAEM.
Fernando Cruz, director da CAEM, disse ao Diário Económico que "a expectativa é de que tudo esteja afinado", remetendo uma avaliação para depois da análise global do conselho técnico da CAEM que deverá estar concluída no prazo de uma a duas semanas. "Depois disso é que nos vamos pronunciar", acrescentou.
Apesar de já estar activo, os operadores admitem que ainda possa haver alguns detalhes a corrigir. Paulo Soares, director da área de conteúdos de programação e audimetria da TVI, diz que, para a estação de Queluz de Baixo, a preocupação é a de garantir que sejam feitos os "ajustamentos adequados" e dá como exemplo a necessidade de fazer correcções ao nível da proporcionalidade da idade e a distribuição do painel pelo número do agregado familiar.
Em 2012, a auditoria conduzida pela PriceWaterHouseCoopers confirmou alguns problemas, entre os quais a sub-representação da faixa etária acima dos 45 anos e das classes mais baixas (C, D e E) - uma das mais significativas nas audiências da RTP - além de alguns problemas técnicos na leitura do som, essencial no serviço de "audiomatching". A subrepresentatividade do painel face à realidade estatística do País deverá ficar agora colmatada com a adaptação do painel aos dados dos Censos de 2011.
Contactada, fonte oficial da SIC não quis comentar. Também não foi possível obter qualquer comentário da RTP, até à hora de fecho desta edição.
RTP1 e TVI são as mais penalizadas pelo painel da GfK...
A audiência média, calculada a partir do painel da GfK (entre Março e Dezembro de 2012) penaliza sobretudo os resultados da RTP1 e da TVI. A televisão pública chega a perder no "all-day" 4.7 pontos percentuais e no "prime-time" 4.4, face à medição da Marktest. Para a TVI a maior diferença regista-se no "all-day", onde a distância chega a ser de 2.5 pontos.
A SIC, que em Setembro ultrapassou a TVI no horário nobre, é a única televisão que colhe algum benefício do novo sistema de medição de audiências, com mais um ponto percentual no "prime-time".
A maior diferença entre os dois painéis está na audiência que atribuem ao cabo. Enquanto a Marktest dá 29.6% (all-day) e 25.6 (em prime-time), a GfK atribui a este segmento 36.8% e 31.0% respectivamente.
A TVI e a RTP1 continua a regular-se pelas audiências compradas da Marktest que lhe dão melhores valores com uma amostra de dados deficiente e fora da atual realidade do país...
ResponderEliminarMas no mercado só existe uma medidora oficial por onde os anunciantes se regem para divulgar a sua publicidade!