Apesar de já não competirem no mesmo horário da noite, a telenovela "Destinos Cruzados" da TVI, continua a perder. Primeiro para "Dancin Days" e agora para a brasileira "Avenida Brasil" na SIC.
Porque é que "Destinos Cruzados" não bate "Dancin Days" nas audiências? "Não faço a mínima ideia [risos]! Não sei se devia estar a dizer isto, mas já fiz novelas com uma qualidade muito inferior a esta e que foram sucessos de audiência estrondosos! E esta não está a ser. Está com boas audiências, mas não está a chegar ao primeiro lugar. O nosso trabalho continua a ser o mesmo, quer estejamos a trabalhar para dois milhões ou para um milhão. Em termos artísticos, esta novela superou as minhas expectativas. Em termos de números, está um bocadinho aquém do que eu esperava. Justificação para isso? Não faço ideia".
Acha que este é o fim de um
ciclo para a ficção da TVI? "Não,
nada! Inclusive, Mundo ao Contrário está a fazer números bons, tem um
bom elenco e vamos ver... É bom que a concorrência se esmere porque a TVI está
com força!"
A concorrência estar mais forte
torna o vosso trabalho mais interessante? "O que sinto é que há uma preocupação maior. Não sei se
durante algum tempo houve, não digo desleixo, mas..."
António Pedro Cerdeira falava
em acomodação... "Se calhar, houve,
não sei... Nesta fase, sinto que as pessoas estão mais próximas, sinto a
direção mais próxima dos elencos, sinto que há uma preocupação maior! E isso,
depois, reflete-se no nosso trabalho."
Passaram quatro anos desde que
José Eduardo Moniz saiu da TVI. De que forma é que isso afetou a ficção? "Quando ele saiu, fiquei com pena. Foi a pessoa que apostou
em mim. Sei que ele tinha um dedo forte na escolha de elencos, e se fui
escolhido para protagonista dos Morangos com Açúcar muito se deve a
ele ter dito que sim. Mas com Luís Cunha Velho estamos bem entregues. É uma
pessoa que percebe da poda. É um homem que está na estação desde essa altura e
que sabe realmente o que está a fazer. E estamos a sentir isso. Desde que o
temos como diretor as coisas mudaram. Mesmo em termos de programação, o facto
de a novela se ter mantido no mesmo horário é fundamental. Acho que mais do que
a qualidade das novelas que a SIC tem apresentado, é o respeito pelos horários
e pelas pessoas que estão a ver. Esse foi um ponto muito mais decisivo do que
propriamente a qualidade da novela. A ficção da TVI não tem os dias contados. É
tudo uma questão de ajustamento e de perceber que o público não é parvo, tem o
comando na mão e é ele que decide o que quer ver. Uma novela é para acompanhar
do princípio ao fim. E acho que foi por aí que a SIC teve esta pequena
ascendência nestes últimos tempos. Mas isso rapidamente se corrige e depois,
sim, já vai depender da qualidade dos produtos. E nisso acho que somos mais
fortes."
Nos últimos anos, atores portugueses
como Diogo Morgado, Paulo Rocha, Ricardo Pereira a apostarem com sucesso na
internacionalização. É um projeto seu? "Para já, não. Nunca me ouviu dizer que queria ir para o
Brasil fazer formação [risos]. Se calhar, daqui a um, dois anos... O Pêpê Rapazote
foi agora... e que idade é que ele tem? 40? Nunca é tarde! É óbvio que todos
gostamos de pensar nisso, mas eu gosto muito da vida que tenho aqui. Sou feliz
a trabalhar aqui, tenho a minha filha e a minha mulher aqui e sou feliz! Neste
momento não preciso de mais nada."
O Pedro "nasceu" na
segunda temporada dos "Morangos com Açúcar". Acha que ao longo das
temporadas a série deixou de ser uma fábrica de atores para ser uma produção em
série de figuras públicas? "Não.
Pelo menos não foi com esse objetivo que a Plural e a TVI criaram
os Morangos. Mesmo depois da minha série, continuou a sair malta muito
talentosa. Quando eu entrei, a média de idades era 24, 25 anos. Já tínhamos
muito mais vivência do que estas últimas séries, em que muita malta entrava com
17, 18 anos e estava naquela altura da adolescência em que se quer experienciar
tudo, e estamos ali na televisão... Acho que isso é um bocado perigoso."
Já foi sondado para ir para a
SIC? "Não. Às vezes, na
brincadeira [risos]..." Na
brincadeira? "Não, nunca houve uma proposta concreta,
até porque tenho contrato com a TVI há seis, sete anos e as pessoas que estão
na SIC também sabem isso."
Fonte: Noticias TV
Não vence a Avenida Brasil e não vence porque o pública de novelas hoje quer-se o mais heterogeneo possivel e o Big Brother que a antecede não consegue agregar o riquinho de Cascais e o pobre de um sítio qualquer. Dancin' Days por outro tem um público tão heterogeneo que o segue depois para Avenida Brasil.
ResponderEliminarA resposta e simples meu caro Pedro teixeira : As novelas da sic são muito melhores do que essas novelas chouriço que a tvi exibe.. um autentico circo pegado... não tem ponda por onde se pegue.. queres uma resposta melhor ? ;)
ResponderEliminarconcordo as novelas da tvi ja foram novelas agora sao autentico circo .
ResponderEliminarA razão é muito simples: o público notou a reviravolta na ficção, com «Dancin Days».
ResponderEliminarPercebeu que a ficção da TVI parou, sempre mais do mesmo! E virou-se para a qualidade, como era de esperar!