TERESA CONCEIÇÃO FALA DAS SUAS REPORTAGENS SOBRE VIAGENS

quarta-feira, 17 de julho de 2013


A jornalista da SIC que anda de mochila às costas por Portugal revela que sonhava ser pintora e que a sua ida para a SIC aconteceu por causa de um anúncio perdido num táxi...

Quando vemos Teresa Conceição em reportagem nos noticiários da SIC, há, por norma, um cenário idílico como pano de fundo. Já alguma vez sentiu que é vista como a jornalista que anda sempre a viajar? "É uma coisa que acaba por ser a minha matéria de trabalho e os meus colegas até costumam gozar comigo e dizem que ando sempre na boa vida. Mas esta coisa da boa vida demora muito mais tempo a ser trabalhada. É um bocadinho como ver um jogo de basquetebol e achar que aquilo é uma coisa muito leve, sem imaginarmos as horas de treino que estão por detrás. E, apesar de essa ser a parte do meu trabalho que tem mais visibilidade, também faço peças sobre denúncias e coisas menos boas da vida, por assim dizer."

Numa altura de vacas magras, acha que as suas reportagens podem ajudar os espectadores a esquecer por momentos as palavras crise e troika? "Não sei. A mim o que me motiva é continuar a encontrar pessoas e a sua forma de estar na vida. E gosto muito de divulgar o que de melhor encontro no País e nas pessoas, e espero que isso possa servir de inspiração ou contágio. É como se fosse uma descarga de energia, espero que os espectadores sintam essa motivação. Há tantas coisas más... que falar de coisas boas acaba por ser a notícia. Há tão pouca paciência para tudo o que corre mal, que as minhas reportagens podem acabar por trazer alguma leveza."

É importante que num noticiário haja esse balanço entre notícias mais sérias, por assim dizer, e outras mais descontraídas? "O que gosto de facto de fazer é comunicar, e a melhor maneira que encontrei foi aliviar um bocadinho a linguagem. As notícias têm uma carga muito pesada e são ditas com uma linguagem muito formal, muito gravata. E eu não sou nem de gravata nem de formalidade."

Quando está em viagem o que é que não pode faltar na bagagem? "Curiosidade. E também não me posso esquecer de levar o meu livro de desenhos. Em viagem não vou para sítios muito frequentados por turistas, prefiro lugares com menos massas. Os meus destinos de eleição são a África e a Ásia. Sento-me num mercado africano a desenhar e de repente já tenho uma data de pessoas à minha volta a fazerem poses, a defenderem-me de tudo e mais alguma coisa, a quererem ser os meus guias. É um grande meio de ligação com as pessoas. E aqui, em Portugal, sinto isso quando vou fazer reportagens em aldeias mais retiradas. As pessoas não se julgam dignas de notícia e acham estranho que a TV queira falar com elas, mas esse momento de atenção é importante e, por vezes, nós, jornalistas, acabamos por ser psicólogos das pessoas."

O facto de trabalhar num registo mais descontraído nunca a levou a ponderar saltar para o mundo do entretenimento como fez Conceição Lino, por exemplo? "Estou o mais feliz possível, não gostava nada de passar para o entretenimento. Pode dizer-me que aquilo que faço tem muito mais entretenimento do que outra coisa, mas criei estes programas que podem parecer que são outra coisa mas são muito informativos. Quando imaginei o Ir É o Melhor Remédio foi para falar de coisas que normalmente não são faladas nas notícias, como a normalidade dos dias. Mas isto que parece ser entretenimento não é. Exige muita pesquisa e muito trabalho. Mas daí a saltar para o entretenimento... Virgem Santa!"

Fonte: Noticias TV

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