Jornalista está na informação da SIC desde o principio e sente-se feliz...
Entretanto, já está na SIC há 21 anos. Há casamentos que duram
menos... "Agora que fala nisso, realmente, este é daqueles que não
se dá pelo tempo passar porque o meu trabalho é muito diversificado. É daquelas
perguntas que eu própria me faço. Como passo pouco tempo fisicamente na
redação, ando sempre a "laurear a pevide", como eles dizem, não tenho
a sensação de estar na mesma empresa há tanto tempo. E o bom ambiente faz que o
trabalho não seja tão pesado, mesmo quando trabalhamos 12 ou 13 horas por dia e
em feriados, como qualquer jornalista."
O jornalismo, de resto, tem sido uma área muito penalizada pela
crise. Teme pelo futuro da profissão? "Acho que a
profissão nunca vai estar ameaçada. Não é por se fechar um jornal ou um canal
de televisão que o jornalismo vai deixar de existir. Agora que as empresas
possam começar a ter problemas tão graves que cada vez haja mais jornalistas no
desemprego, isso de certeza."
É possível fazer jornalismo de qualidade com cada vez menos
recursos? "É uma tarefa cada vez mais complicada. O facto de termos
de fazer cada vez mais coisas em menos tempo faz que tenhamos menos tempo para
pensar e que elas não fiquem tão bem. Aquilo que podemos fazer, e que tem
acontecido na redação da SIC, é que haja cada vez mais entreajuda. Mas isso
acontece em todas as profissões. É o trabalho geral que está a ser posto em
causa. Mas as pessoas têm sempre a tendência de dizer: "Olha, aqueles que
dão notícias também lhes toca a eles." Este tipo de discurso, que tem um
bocadinho de inveja e rancor, é uma coisa que se ouve muito e, por isso, tenho
sempre receio de falar sobre o que me toca."
Fonte: Noticias TV
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