“Esta lei é incomportável para as televisões privadas” e a conduta do Estado está a ser “grave e imoral”. A acusação é da SIC e reporta à Proposta de Lei do Cinema, aprovada em Conselho de Ministros na passada quinta-feira. E também a TVI já veiculou posição análoga, considerando “a criação de um novo imposto sobre os operadores privados de televisão, injusto e desajustado da conjuntura em que o sector se encontra, marcada pela violenta queda das receitas de publicidade e pela consequente redução da capacidade de produção própria de conteúdos”.
Por sua vez, a estação de Carnaxide elucida que “com as alterações à lei, as medidas da Proposta levam a que a SIC passe a suportar, e sem contrapartidas significativas, um encargo anual sobre a sua actividade estimado, por defeito, em mais de 7 milhões de euros”, pelo que apresentou já, junto do Instituto do Cinema e do Audiovisual, as suas observações sobre o assunto, além de “propostas concretas que, em geral, o Governo optou por não considerar no projecto-lei aprovado a semana passada”. No mesmo sentido, a TVI alerta que “deixar passar, sem alterações, esta Proposta de Lei para o Cinema e o Audiovisual significa agravar em 1,5% a actual taxa de exibição que só por si já representa 4% das receitas publicitárias”.
Já a SIC diz lamentar “que o Governo não tenha tido em conta os graves problemas que afectam os operadores de televisão”, ainda que afirme compreender “os problemas com que se debate actualmente a indústria cinematográfica portuguesa”. A estação considera no entanto “grave e imoral que o Estado se proponha a resolvê-los sacrificando e colocando em risco o jornalismo e a indústria dos media, que hoje já se debatem com uma significativa adversidade conjuntural e com os demais desafios sectoriais, alguns dos quais agravados pelo actual contexto”, pode ler-se em comunicado. Ao mesmo tempo, o canal de Queluz adverte ainda que a Proposta de Lei “afectará a aposta estratégica na produção de ficção nacional própria, com o consequente impacto negativo nas equipas de produção da Plural e na qualidade dos conteúdos exibidos pela TVI”.
Refira-se que de acordo com o relatório e contas respeitante a 2011, o resultado líquido da televisão liderada por Pinto Balsemão, apresentou um prejuízo de 35,1 milhões de euros. As receitas totais da SIC caíram 5,1 por cento no ano passado, face a 2010, para 164,1 milhões de euros, sendo que só em publicidade, os números recuaram 8,5 por cento. Já a Media Capital, dona da TVI, granjeou em 2011 receitas de 224,370 milhões de euros (menos 10% do que em 2010), sendo que 151 milhões tiveram origem nos canais de televisão. A produção audiovisual contribuiu com 81 milhões de euros (-12%) e o entretenimento com 12 milhões de euros (-33%). A TVI viu então os seus proveitos operacionais totais recuarem 5% e as receitas de publicidade10% face ao ano transacto.
Fonte: Meios & Publicidade
Do que se trata esta novea lei, é que aqui só está a dizer que estão contra não esplica o que é que esya nova lei vai fazer?
ResponderEliminarEu acho é vergonhoso as figuras públicas ganharam mais de 10.000 euros,depois a SIC e a TVI estejam caladinhas porque se pagam o que pagam ás figuras públicas também não é por ajudar o cinema português que vão ficar mais pobres.
ResponderEliminarCaro Luís Marques reduza os ordenados dos actores,apresentadores e jornalistas que a SIC já não tem essas despesas,ou então faça um acordo com os actores que vão entrar nesses filmes que lhe retira uma percentagem para fazer filmes
Não percebi ao certo. Alguém pode fazer um resumo mais óbvio por favor?
ResponderEliminarA SIC recuou 5,1% em receitas, relativamente ao ano anterior, e 8,5% em publicidade.
ResponderEliminarMas a TVI...«Jasus»...como caíu!
Perdeu 10% em publicidade, perdeu 12% em produção audiovisual, perdeu 33% em entretenimento e recuou 5% em proveitos operacionais.
Afinal os targets atingidos...são importantes!