sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"Ídolos" com mais talento

À dinâmica do formato, que estreia domingo, são poucos os ingredientes que se somaram à receita das edições anteriores. Além de um novo júri e apresentadores, a principal diferença apontada é o incremento da qualidade dos concorrentes.

Trata-se de um programa sobejamente conhecido em todo o Mundo, do mesmo criador da emissão que catapultou Susan Boyle para a ribalta, e está de regresso à antena da SIC. Como não poderia deixar de ser, a colagem aos seus precursores é flagrante, salvo uma ou outra excepção.

Cláudia Vieira e João Manzarra substituem-se a Sílvia Alberto e Pedro Granger. No que diz respeito aos elementos que compõem o júri, responsável agora pela escolha dos 15 finalistas, apenas Manuel Moura Santos se mantém. Laurent Filipe, músico, Pedro Boucherie Mendes, director dos canais temáticos da SIC, e Roberta Medina, organizadora do "Rock in Rio", constituem o leque das restantes figuras que passaram a ser temidas pelos candidatos a "Ídolos".

Todos são unânimes em enaltecer o talento dos, sobretudo, jovens que aderiram ao repto lançado. "São da geração YouTube: mais bem preparados, arrojados e têm mais atitude", comenta o único repetente. O director de Programas, Nuno Santos, assinala o facto do programa "não se tratar apenas de um 'talent show'", pois escrutina muito as "emoções".

A componente afectiva tem também nesta edição um papel revigorado. Tal "gera curiosidade no espectador", concretiza, manifestando a expectativa de que o "concurso suscite muitas conversas no dia seguinte ao que vai para o ar", ao longo de 19 semanas.

Confiante na aposta que fez relativamente à eleição dos rostos para conduzir o formato, Nuno Santos não lhes poupa elogios, bem como aos novos avaliadores, que mantêm o registo cáustico na abordagem aos concorrentes.

Laurent Filipe, ainda que assuma que é suposto vestir uma "persona" que se enquadre na lógica do conteúdo televisivo, considera ser importante "ir directo ao assunto", sendo a "verdade opinativa" seu apanágio. Ser-se júri de "Ídolos" é uma árdua tarefa. Chegam a estar 14 horas seguidas em "castings", tendo alguns findado já pela madrugada dentro, faz notar Frederico Ferreira de Almeida, da produtora Freemantle que assegura o concurso. Transforma palavras suas em aplausos dirigidos à cidade Invicta. "É muito bom trabalhar no Porto", frisa, referindo-se à primeira fase de apuramento que ali decorreu.
JN

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