Mário Crespo acusa o primeiro-ministro, José Sócrates, e dois membros do Governo de o terem classificado como "um problema" a precisar de solução. E acrescenta que à conversa assistiu, sem "contraditar", um executivo de TV, que o CM sabe ser o director de programas da SIC, Nuno Santos.
O caso estava descrito na habitual crónica de Crespo para o ‘Jornal de Notícias’ (ver página 2), mas, perante a recusa do diário em publicar o texto, este acabou por sair no site do Instituto Sá Carneiro.
Ao CM, Mário Crespo refere ter sido avisado no domingo à noite por José Leite Pereira, director do ‘JN’, de que o texto não sairia. 'Não publicar uma crónica é muito grave, e o conteúdo dessa crónica também é muito grave', nota o pivô da SIC Notícias, que deixa de colaborar com aquele diário.
O jornalista conta ainda ao CM que teve conhecimento da conversa entre os ministros e Nuno Santos através de um 'e-mail. Recebi--o no dia seguinte ao encontro. Confirmei que era fidedigno e tirei as minhas conclusões'.
Contactado pelo CM, o director do ‘JN’ remete para um comunicado em que explica que a crónica 'não era um simples texto de opinião, mas fazia referências a factos'. Também o gabinete do primeiro--ministro recusou comentar.
PORTAS DEFENDE JORNALISTA
Paulo Portas, do CDS, classificou Mário Crespo como um 'jornalista profissional e com independência. Nenhum dos qualificativos que ouvi por aí se lhe aplica.' Já o regulador dos Media, ERC, não tem 'uma posição sobre o assunto', mas, 'caso venha a existir uma queixa, ela será apreciada'.
NUNO SANTOS E BÁRBARA À CONVERSA COM MINISTROS
José Sócrates, Pedro Silva Pereira e Jorge Lacão encontraram Nuno Santos e Bárbara Guimarães, casada com o socialista Manuel Maria Carrilho, a terminar um almoço no Hotel Tivoli, em Lisboa, sabe o CM. Enquanto circulavam à volta do buffet, José Sócrates e Nuno Santos falaram de Mário Crespo, jornalismo, política, do programa ‘Ídolos’ e até de férias. Enquanto trocavam palavras, alguém ouviu a conversa e transcreveu-a num e-mail, posteriormente enviado ao jornalista. Nuno Santos já terá explicado o sucedido a Mário Crespo.
PERFIL
Mário Crespo nasceu há 63 anos em Coimbra. Iniciou-se como jornalista na África do Sul. Fez carreira na RTP, onde foi correspondente nos EUA. Mudou para a SIC, onde se mantém. Vai lançar o livro ‘A Última Crónica’.
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Mário Crespo acusa ‘censura’
Miguel
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
in Correio da Manhã
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Poema de Fernando Pessoa (Álvaro de Campos), escrito, se não me engano em 1927 e que é de atualidade espantosa...
ResponderEliminar«Mandado de despejo aos mandarins do mundo
Fora tu reles esnobe plebeu
E fora tu, imperialista das sucatas
Charlatão da sinceridade e tu, da juba socialista, e tu qualquer outro.
Ultimatum a todos eles e a todos que sejam como eles todos.
Monte de tijolos com pretensões a casa
Inútil luxo, megalomania triunfante
E tu Brasil, blague de Pedro Álvares Cabral que nem te queria descobrir.
Ultimatum a vós que confundis o humano com o popular
Que confundis tudo!
Vós anarquistas deveras sinceros
Socialistas a invocar a sua qualidade de trabalhadores para quererem deixar de trabalhar.
Sim, todos vos que representais o mundo, homens altos passai por baixo do meu desprezo
Passai, aristocratas de tanga de ouro,
Passai frouxos
Passai radicais do pouco!
Quem acredita neles?
Mandem tudo isso para casa, descascar batatas simbólicas
Fechem-me isso a chave e deitem a chave fora.
Sufoco de ter só isso a minha volta.
Deixem-me respirar!
Abram todas as janelas
Abram mais janelas do que todas as janelas que há no mundo.
Nenhuma idéia grande, nenhuma corrente política que soe a uma idéia grão!
E o mundo quer a inteligência nova
O mundo tem sede de que se crie
O que aí está a apodrecer a vida, quando muito, é estrume para o futuro.
O que aí está não pode durar porque não é nada.
Eu, da raça dos navegadores, afirmo que não pode durar!
Eu, da raça dos descobridores, desprezo o que seja menos que descobrir o mundo novo.
Proclamo isso bem alto, braços erguidos, fitando o Atlântico
e saudando abstractamente o infinito.»