Chama-se “Laços de Sangue” a novela que a SIC estreará em setembro, de autoria de Pedro Lopes e equipe, direção geral de Patrícia Siqueira, e sob a minha supervisão, a partir de um acordo de parceria assinado entre a emissora portuguesa e a Rede Globo. O título é apropriadíssimo, pois a trama central gira em torno desse tema sempre atual e candente que é a família e suas inúmeras questões, querelas e problemas, tema este que repercute em todas as outras tramas. O lançamento oficial da novela foi nesta sexta-feira, com a presença da mídia, cuja curiosidade pode ser resumida à seguinte pergunta – e todos nós tivemos que respondê-la mil vezes: “Já que a Rede Globo tem participação importante no projeto, seria esta uma novela mais brasileira que portuguesa?” A resposta é: não, é justamente o contrário. Se tem uma coisa que se pode criticar nas telenovelas portuguesas é justamente a pretensão de ser urbanas, contemporâneas e cosmopolitas, eu diria quase “internacionais”, o que significa: “pouco portuguesas”. Falta nelas o “Portugal profundo”, aquele que está no inconsciente de cada cidadão desse país e que é a própria base de sua personalidade: usos, costumes, aspirações, modo coloquial de falar... De tudo isso eu sentia falta nas novelas portuguesas, que assisto quando estou aqui, e também no Brasil, via satélite, na medida do possível. E é essa é a novidade mais forte de “Laços de Sangue”. Eu e os outros profissionais brasileiros que aderiram ao projeto nos preocupamos em primeiro lugar com isso: em “aportuguesar” a novela, fazê-la imediatamente reconhecível pelos telespectadores, levá-los a penetrar naquele universo em que as tramas se entrecruzam e se sentir parte dele... Pois este é o segredo do sucesso da telenovela brasileira. Seja ela qual for - até mesmo “Passione” com seu sotaque italianado -, todas as nossas novelas são essencialmente “brasileiras” e traçam um retrato, ainda que com pinceladas típicas do folhetim, da alma do nosso povo. “Laços de Sangue”, posso garantir aos portugueses que sempre me recebem tão bem, será essencialmente uma novela portuguesa, feita para todos os portugueses. Sobre isso ninguém na equipe tem a menor duvida – é o que faz com todos que participem do projeto se mostrem entusiasmados com ele. Nas fotos lá no alto, pela ordem:
1, Guilherme Bokel, da Divisão Internacional da Globo; Patrícia Siqueira, diretora-geral da novela; Pedro Lopes (o autor, o autor!); um certo senhor dono dos cabelos mais prateados do universo; e Virgílio Castelo, diretor de elenco da SIC e ator de muito prestígio em Portugal.
2, Parte do elenco da novela. Bem à frente, de vestido pink, Custódia Gallego, uma senhora atriz aqui de Portugal. Ao fundo de camisa preta e cabelos compridos, Diogo Morgado, o galã da novela, e atrás dele, de perfil, Pepe Rapazote, outro bonitão aqui das paradas. Bokel à esquerda e, ao meu lado, Sofia Sá da Bandeira, cujos lábios lembram os de Angelina Jolie.
3, Eu, às voltas com minha eterna maldição: as fifis! Agora portuguesas, todas a me fazer a mesma pergunta, que eu respondi um milhão de vezes: “vai ser uma novela brasileira?” Não, queridas, uma novela portuguesa, com certeza!
Todo este texto foi transcrevido do blog do autor brasileiro. Nada foi alterado!
acho que o blog ja deve mudar de visual ;) So um conselho!
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