A estação pública tem cerca de 50 páginas no Facebook, a SIC segue-lhe os passos com cerca de 20 e a TVI ronda as 15. Já nenhum canal quer ficar de fora desta rede social e apostam forte nesta ferramenta de marketing gratuita. "As redes sociais fazem uma aproximação fortíssima", alega Ricardo Tomé, responsável pela área de comunidades multiplataformas da RTP.
E embora não existam estudos que garantam que tipo de público fica mais curioso com a televisão após ter tomado contacto com o Facebook, a directora de Marketing da SIC, Vanessa Romeu, justifica que o importante é "criar afinidades com as marcas". Mas não só: "Há uma comunicação bidireccional directa, em que podemos ouvir as pessoas e elas podem deixar as suas opiniões."
Carnaxide despertou para as potencialidades das redes sociais ainda antes com o hi5. "Com a novela Rebelde Way, criámos uma página para chegar a públicos mais jovens", recorda Vanessa Romeu. E daí ao Facebook foi um salto impulsionado pelo talent show Ídolos. "Foi nessa altura que olhámos para a rede social de uma forma mais preparada e começámos a fazer um maior esforço de integração de todas as páginas", explica.
No caso da SIC K, é através do botão "eu gosto" que todas as semanas o público vota qual a série que quer ver no canal infantil no fim-de-semana, e até já criaram um alter ego. "Temos o diabinho K que, de vez em quando, faz umas marotices aos utilizadores", enumera Vanessa Romeu.
O público que se torna fã é tanto mais heterogéneo quanto o programa em causa. Há seguidores da Praça da Alegria, programa matinal da RTP, que já fizeram saber "que agora acompanham o programa com o computador ao lado", revela Ricardo Tomé. Vanessa Romeu, na SIC, teve uma experiência diferente. "A página do Companhia das Manhãs não resultou tão bem, mas o Capa de Revista está a resultar. O Boa Tarde já é diferente porque arrancou logo com essa dinâmica", sustenta.
Os responsáveis das estações salvaguardam, porém, que, de todos os velhinhos métodos de comunicação entre espectadores e canais, só as cartas perderam definitivamente clientela. "Não notamos diminuição de telefonemas e e-mails, mas o Facebook, além da interactividade com o público, permite ainda 'conversar' com outros espectadores sobre o mesmo assunto", explica Brigitte Loureiro. Eis uma opinião que a RTP e a SIC também partilham. Logo, todos eles "gostam disto".
CM
a noticia é do dn...
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