“Querida Júlia” popular ou elitista?

Boa Noite! Seja bem-vindo ao “Olhar a SIC”.

Júlia Pinheiro assumiu as manhãs da SIC com um programa que “rompia com os moldes habituais” deste tipo de formatos. No entanto, devido aos baixos resultados de audiências registados desde que estreou, ela foi “obrigada” a ir fazendo alterações nos conteúdos e no alinhamento dos programas. Segundo a apresentadora, o seu “Querida Júlia” não tinha uma fórmula totalmente fechada e todos os programas seriam diferentes, todos os dias. Júlia disse que estava a fazer nas manhãs algo de novo e que para se impor levaria tempo. Para já, a meu ver os programas não divergem assim tanto uns dos outros de dia para dia… E ao mesmo tempo também não vejo onde esteja essa novidade de formato, sendo que continuo a achar que “Querida Júlia” se parece com “As Tardes da Júlia”, programa que Júlia apresentava nas tardes da TVI.

Mas até agora muita coisa já aconteceu, Júlia Pinheiro começou sozinha e pela campanha de promoção pelas ruas de Portugal que antecedeu a estreia do programa, considero que o formato pretendia ser de estilo “popular”, basta lembrar as personagens a representarem uma profissão que andaram nessa campanha ao lado de Júlia, e que pretendiam uma proximidade com o povo. Depois existiam os animais, existia uma rubrica rural chamada de “Boletim de Freguesia” e Ana Marques andava cada dia num sítio diferente fora do estúdio. Porém, tudo isto parece ter sido posto de lado. Fizeram-se alterações e eis que surgiu Ana Marques ao lado de Júlia Pinheiro como a nova dupla das manhãs da SIC! A nova dupla feminina parecia não convencer e Ana saiu de cena tão rápido quanto entrou. Júlia não tinha música, não tinha bandas nem cantores a actuarem no programa, o que parecia um contra censo para supostamente um programa “popular”. Agora já tem música, mas na minha opinião continua a faltar o mais importante para um programa se afirmar perante os espectadores.

Para mim, falta uma identidade ao “Querida Júlia”. Isto significa que ou fazem um programa de identidade “popular”, com o estilo que é característico nestes programas e que tão bem conhecemos. Ou pelo contrário, optam por criar uma identidade mais “elitista” ao programa. Exemplificando, ou o “Querida Júlia” assume um estilo mais descontraído, popular, próximo das pessoas, divertido, com música, humor, e temas leves. Ou assume um estilo parecido com o extinto programa “Fátima” das manhãs da SIC, mais sóbrio, com mais classe, temas pertinentes, entrevistas a convidados, actuação de cantores ilustres, humor, rubricas de actualidade, criminalidade, mundo dos famosos, etc. onde a apresentadora está menos barafustante como acontece actualmente com Júlia Pinheiro, quando se liga a TV às 10h da manhã e ela está aos gritos para ligarem para o “Jogo da Glória”.

Concorda com a minha opinião? Apresente também a sua!

“Querida Júlia” popular? Ou elitista?