José Fidalgo recusou ser protagonista na TVI

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Atualmente a viver o seu primeiro protagonista na novela da SIC "Rosa Fogo", José Fidalgo confessou em entrevista que anteriormente já recusou protagonizar novelas...

Tem 32 anos. A sua primeira novela foi há nove anos,  “O Olhar da Serpente”, da SIC. Porquê só agora um primeiro papel como protagonista?  Porque nunca aceitei um protagonista. Houve convites. Os papéis protagonistas até hoje não tinham sumo suficiente para eu aprender como actor. E pensei: "Vou fazer um protagonista porquê? Porque me vai dar notoriedade e não reconhecimento? Fama? Ter mais campanhas publicitárias?" Nunca me levaram a mal estas negas. Não vejo isto como um acto vanglorizador, mas sim como um gesto humilde.

Há pressão e responsabilidade acrescidas por estar a interpretar o seu primeiro protagonista?  Sim. A pressão que eu coloco. Digo aos meus amigos que estou encostado à parede e com uma faca nas costas (risos). Claro, sinto essa responsabilidade maior por já ter negado outros protagonistas e não pela necessidade de provar ao público que sou bom ou mau. Isso também me preocupa, mas passa-me um pouco mais ao lado. A prova é para mim mesmo.

A última novela em que entrou [se excluirmos a participação pontual no primeiro episódio de Laços de Sangue] foi Perfeito Coração, também da SIC, em 2009. Porquê esta pausa tão grande nas novelas? É um formato que cansa facilmente um actor? Não cansa, mas cansa se um actor fizer um percurso de carreira só de novelas. Aí um actor está a cansar-se e a estupidificar-se como actor. Há quem o faça por razões financeiras, mas até isso faz parte do próprio limbo de um actor, passar por esta experiência. Isso até faz que a entrega a uma personagem depois seja maior. A crise, a nós actores, já nos bate desde o início. Esta crise por que todos passam, nós sempre a passámos. Ou se tem problemas financeiros e se aceita fazer novelas toda a vida, ou então alguma razão deve existir para fazer só novelas. Se são maus ou bons actores, não sei. Eu, enquanto homem e actor, tento perceber qual é o meu papel. É fazer sempre novelas? Não.

Porque diz que fazer apenas novelas é estupidificar? Um actor tem de ficar munido do maior número de ferramentas para dar resposta ao maior número de problemas que surjam na sua vida e carreira: os castings, as conversas que podem surgir. Não condeno quem faça só novelas, nem tão-pouco os julgo. Mas os meus objectivos e prioridades dizem que um actor tem de ser polivalente. Até porque um actor não vai fazer melhor as novelas se só fizer novelas. A sua personagem vai pertencer a um quadro estereotipado daquilo que sempre aprendeu.

Quais são, em contrapartida, as vantagens da novela face ao teatro e ao cinema, excluindo a questão financeira? Em relação ao teatro, ao cinema e até à publicidade, os pormenores, as nuances de carácter e de personalidade evidenciam-se muito mais em formato de novela. Há muitas histórias a acontecer. É um mundo difícil, mas a que dou muito valor. Se conseguirmos ultrapassar as dificuldades inerentes ao trabalho de uma novela, em todas as outras áreas teremos maior amplitude de raciocínio. Se um actor for inteligente e souber fazer uma boa novela, vai fazer um bom papel. Na minha opinião, Rosa Fogo é uma boa novela e o Diogo Montez é uma boa personagem para mim.

É um actor preocupado com as audiências ou abstrai-se dos números?
Sempre que visto a camisola, defendo-a até ao fim. Sou um actor exclusivo da SIC e como tal preocupo-me com as audiências, claro, apesar de nunca deixar que isso interfira na qualidade do meu trabalho. As audiências de Rosa Fogo [ronda os 700, 800 mil telespectadores, por dia] estão um pouco aquém das expectativas, depois do sucesso que foi Laços de Sangue...
Nós começámos por baixo, mas ainda assim ficámos uns pontos acima de Laços de Sangue no seu início, o que só pode perspectivar boas audiências. A novela tem estado nos dez mais vistos do dia, apesar de não estar no lugar que queríamos. Mas este percurso tem sido melhor em relação a Laços de Sangue, se compararmos com o mesmo período.

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