quarta-feira, 20 de junho de 2012

PATRÍCIA MULLER E PEDRO LOPES COMENTAM OS NÚCLEOS CÓMICOS DAS SUAS NOVELAS


Numa altura em que o país atravessa uma fase conturbada, os espectadores têm cada vez mais necessidade de ter na televisão a sua "terapia", explicam Pedro LopesPatrícia Muller, os autores das novelas da SIC. O ator João Ricardo sente-se satisfeito por ser um dos responsáveis pelas gargalhadas de muitos portugueses.

Se nos primórdios da ficção nacional os núcleos cómicos eram quase impercetíveis, nos últimos tempos a tendência reverteu-se a olhos vistos. A grande justificação para os autores poderem dar largas à sua veia humorística é só uma: a crise, que está a obrigar os portugueses a passarem por tempos mais difíceis. "As notícias com que somos confrontados todos os dias são muito pesadas. Embora uma novela seja o reflexo da sociedade, e o tema crise seja retratado, quando um espectador se senta no sofá espera esquecer os problemas e, se ainda se divertir, isso é um bónus", atira Pedro Lopes, autor de novelas como a galardoada "Laços de Sangue" e a recém-estreada "Dancin' Days" (ambas da SIC).

O ator João Ricardo, que interpretou o popular e hilariante Armando Coutinho em Laços de Sangue e agora acumula mais uma personagem cómica em Dancin' Days, Hernâni, assume que é uma grande satisfação ser o responsável pelas gargalhadas do público português. "Sair de casa de manhã e reparar que as pessoas olham para mim e esboçam um sorriso é muito saudável", frisa o ator, acrescentado que os núcleos cómicos são, quase sempre, os que têm "mais aconchego junto do público português".

A inclusão de personagens alegres e espirituosas na novela Rosa Fogo, cujos últimos episódios estão a ser exibidos na SIC, foi algo que aconteceu em crescendo na trama de Patrícia Müller. A autora também está ciente de que hoje o público "exige mais humor", mas frisa que a sua decisão teve outros motivos. "O vilão da história [José, interpretado por Rogério Samora] é uma personagem muito pesada e houve necessidade de construir uma história paralela para libertar a trama. Ao princípio, o núcleo cómico da novela cingia-se à confeitaria, e só depois apareceu o Bilro [Marco Horácio], uma das personagens centrais desse núcleo", salienta Patrícia Müller.

Em Dancin' Days, Pedro Lopes conta com vários atores com quem já tinha trabalhado em projetos anteriores. É o caso de João Ricardo, Miguel Costa e Ana Guiomar, que neste remake com a TV Globo voltam a dar asas ao registo da comicidade. "Quando escrevemos para atores que já conhecemos torna-se mais fácil. É muito complicado escrever comédia porque ou rimos ou não rimos. Além disso, o público de horário nobre é muito diversificado e nem sempre é possível agradar a toda a gente", esclarece. Com um nível de popularidade como nunca teve, João Ricardo remata dizendo que o sucesso das suas personagens está no facto de os portugueses se "identificarem muito com elas".

Fonte: Noticias TV

3 comentários:

  1. Pois, mas o Marco Horácio tem tudo menos graça -.-
    Nalgumas cenas até se nota que se ri. Não tem jeito nenhum para representar.
    Piada mete a Catarina, que apesar de não fazer parte do nucleo comico faz rir mais do que esse Bilro.

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  2. Concordo Anónimo:
    A loucura da Catarina faz rir muito mais que o Bilro.
    A personagem da Cármen também é ridícula.

    Já a malvada Diana em Laços de Sangue era muito cómica...

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  3. A comédia em «Dancin' Days» é melhor do que a comédia de «Rosa Fogo». O núcleo cómico de «Rosa Fogo» é desinteressante!

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