quarta-feira, 31 de outubro de 2012
"APARECEU O CONVITE DA SP TELEVISÃO E ACEITEI"
O ator Júlio César que interpreta atualmente o advogado Francisco Sousa Prado na telenovela "Dancin Days", falou à revista Noticias TV sobre a sua profissão e porque aceitou entrar na novela da SIC...
Voltemos a conversar sobre aquela que é a sua principal ocupação: representar. Em 2010, fez uma última participação televisiva na novela Mar de Paixão, TVI. Já tinha saudades de trabalhar em televisão? Não sou muito de sentir saudades. E não estava parado há muito tempo. Foi um regresso natural e pontual... O mercado em Portugal não é muito grande. Atores há muitos, mas personagens para a minha faixa etária também não abundam. Numa novela não há muito espaço para as pessoas mais velhas.
Lamenta-o? Sim, claro. Quando se olha para a ficção mundial, todos têm um lugar e na ficção portuguesa isso não acontece. Não há lugar para quem tem acima de 50 anos e para quem tem 60 ou mais as coisas ainda se complicam mais. Encaro isto com naturalidade, mas devia existir essa abordagem. A vida é feita de gente nova e gente velha.
Quando está afastado da televisão, isso incomoda-o ou não se preocupa? Se me chamam para um projeto, fico contente, mas se isso não acontece, fico contente na mesma. Quando estou a trabalhar em televisão, sou um ator feliz. Mas se não estiver, não deixo de ser uma pessoa feliz.
Já sentiu falta de trabalho? Assusta-o ser confrontado com essa realidade? Assustar, assusta, porque não sou rico. Mas sei que existem colegas meus que estão em situação mais complicada. A classe de atores em Portugal tem razões para estar assustada.
Participou em várias participações da TVI, Morangos com Açúcar, Fascínios, Ele É Ela. O que o levou, desta vez, a vestir a camisola da SIC? Sou um ator e estou no mercado. Não tenho exclusividade com nenhum canal. Apareceu o convite da produtora SP Televisão e aceitei porque o achei interessante. Não estou zangado com a Plural Entretainment e voltarei a trabalhar com a Plural ou com outra produtora sempre que me chamarem.
Nunca lhe ofereceram um contrato de exclusividade? Gostava? Sou um homem livre, nunca estive amarrado a um canal porque isso tem pouco que ver com a minha liberdade e com a maneira como a vivo e sinto.
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