Como surge o convite para a SIC?
Nunca achei que alguém me convidaria para trabalhar aqui, não era esse o meu propósito. Quando surgiu o convite para vir cá uma sexta-feira dar assistência e quando, na semana seguinte, esse convite se estende à quarta-feira e depois passa a ser uma rotina diária, julguei que seria uma coisa esporádica e portanto tinha de aprender o máximo. Vivia fascinado com aquilo tudo.
Pagavam-lhe?
Sim, 37 contos. Com o primeiro ordenado comprei um telemóvel, um tijolo que custou 19.900 escudos. No segundo ordenado aumentaram-me mais do dobro.
Foi esse fascínio que quase lhe custou o emprego logo no primeiro dia?
Foi no segundo dia. Tinha de premir o teleponto para o David Borges no Donos da Bola. No início da segunda parte, esqueci-me. Estava na redacção com o Jorge Gabriel quando vejo o genérico no ar e me apercebo que deveria estar no estúdio. Vou a correr desalmadamente e, quando entro, já está o David pendurado. Estamos a falar de três segundos, que em televisão é uma eternidade. Tive a benesse de ser perdoado.
Como é que, tendo a oportunidade de entrar na SIC, um ano depois sai para a TV 7 Dias?
Sentia que estava a ficar estagnado. Os meus trabalhos estavam a cingir-se aos trabalhos de produção, pesquisa e análise, e achava que tinha capacidade para mais. Não me arrependo. Foi depois da TV 7 Dias que fui convidado para ser jornalista fundador da SIC Notícias, na área do desporto e no Caras Notícias. Provavelmente, se tivesse ficado, isto não teria acontecido.
Foi convidado pelo director do canal, Nuno Santos. A vossa relação começa aí?
Sobretudo aí. Falávamos circunstancialmente na SIC, entrevistei-o uma vez para a TV 7 Dias, mas começa sobretudo aí. Temos uma relação de amizade, respeito e admiração. Ao contrário do que algumas pessoas queriam fazer crer, sempre foi uma relação em que o pessoal e o profissional não se misturavam.
Sempre foi visto como um boy de Nuno Santos...
Sim, por quem não quer ter uma visão fria e racional das coisas. Sempre provei que as coisas que fiz faziam sentido nas grelhas dos canais, a amizade não se misturava com a via profissional. O Nuno foi crítico quando teve de ser e elogioso quando teve de ser.
Desde esse convite acompanhou Nuno Santos em várias mudanças de camisola, nomeadamente entre a SIC e a RTP. Já falaram de um regresso seu ao canal público?
Não, já mudei várias vezes com ele, mas estou muito bem como estou. Sou subdirector de conteúdos de entretenimento na SIC, o que me dá oportunidade de fazer o que quero, tenho quatro programas no ar de minha autoria e coordenação, todos com bons resultados. Tenho estabilidade profissional.
Mesmo estando a recibos verdes?
Agora já não estou, entrei para os quadros há um ano. Precisava de estabilidade e de criar raízes e essa mudança trouxe isso. Mas nunca senti que o meu trabalho fosse menorizado por não ser dos quadros, sempre tive respeito e autonomia e sempre fui pago de acordo com o trabalho que fazia. Passados três anos – voltei à SIC há cinco – esta era a evolução natural do meu percurso.
Há quem aposte que chegará a director de uma estação de televisão...
Não tenho nem urgência nem necessidade de aspirar a um cargo desses. Não vivo com essas ansiedades. Sei que não desempenharia mal uma função desse tipo, mas não sei se quereria. Estou muito realizado a fazer entrevistas e a pensar programas e a pô-los no ar com sucesso e a baixo custo.
Para si tudo gira em torno da televisão?
Não. Não me tornei uma máquina de fazer televisão. Continuo a ser um homem que gosta de fazer televisão, mas que tem uma vida para além da televisão.
Mas um homem que não chora?
Choro, mas não tem acontecido. Emocionei-me quando o meu primo Diogo Salomão se estreou pelo Sporting em competições internacionais e marcou um golo. Fiquei ainda mais emocionado quando se estreou pela Selecção de esperanças. Mas não me lembro da última vez que chorei.
Fonte: Jornal SOL
Daniel de Oliveira nas manhãs da SIC
ResponderEliminarO Daniel Oliveira precisa de uma programa em direto e em horário nobre.
ResponderEliminarDupla com a julia pinheiro nas manhas
ResponderEliminarEu penso o contrário ele devia ser o director ou seja devia estar no cargo de Júlia Pinheiro e a Sic nunca devia contratar a Julia. Não precisava tinha lá o Daniel que já era da casa e que tinha mostrado capacidades para tal para quê sub director deve ser para fazer o trabalho e os louros são dados ao director.É por isso que tudo está tão mal é só cargos. Em relação à Dupla Daniel e Julia nunca o façam senão qualquer dia anós perdemos o Daniel. Deixai fazer o seu trabalho que está muito bem e caso Venha para o programa da manhã que venha sozinho ou acompanhado com uma das meninas do fama show nunca com a Julia Pinheiro
ResponderEliminarJá k estamos em comemorações dos 20 anos SIC porque não convidar e entrevistar Emídio Rangel ( AD )? era mto bonito se isso acontecesse.
ResponderEliminarNão estou a ver Dr. Pinto Balsemão ficar aborrecido, pq se sabe ele não interfere no trabalho dos seus profissionais.