sábado, 13 de outubro de 2012
DIRETOR DA TVI ACHA QUE A SIC NÃO GANHA
O diretor-coordenador da TVI, José Fragoso, não está assustado com o crescimento da SIC e não tem "a mínima dúvida" de que a estação vai continuar na liderança das audiências, diz à revista Noticias TV...
Um ano e três meses depois. Com a TVI a denotar algumas dificuldades em horários que vencia historicamente há muitos anos. Vamos diretos ao assunto: o ciclo de audiências está a mudar? A TVI vai deixar, a curto/médio prazo, de ser líder? Não, claro que não. A TVI vai continuar a ser líder. Aliás, continua a ser líder. É-o há dezenas de meses consecutivamente. E vai continuar a ser líder, não tenho a menor dúvida sobre isso.
Mas só nas contas da Marktest... [risos] Não, não. Podemos olhar para ambos os painéis: não há qualquer dúvida sobre quem lidera as audiências em Portugal. Ganhámos todos os meses em todos os painéis. A TVI tem uma força motora muito diferente dos outros operadores. E é bom, até na atual conjuntura em que vivemos, lembrar algumas coisas. A TVI produz todos os seus conteúdos. Estamos no ar desde o princípio da manhã até à meia-noite e meia com conteúdos desenhados por nós. É na TVI que se desenham as novelas, é na TVI que se desenham os noticiários, é na TVI que se desenham os programas da manhã e da tarde. Não temos conteúdos importados. E isso para uma estação faz claramente a diferença. E é um sinal de grande capacidade interna de executar conteúdos de qualidade.
Está, portanto, a dar uma alfinetada à SIC, que tem a Globo como parceira... Sim, é uma boa comparação. Os conteúdos que são produzidos e que emitimos ao longo do dia são conteúdos nossos, trabalhados por equipas portuguesas, por autores, por atores, por técnicos todos portugueses. É um investimento importante na ficção nacional que é preciso defender em todos os momentos, e mais ainda nestes.
Já o vi dizer que a RTP não era a estação das novelas. Agora ouço-o defender as novelas portuguesas contra as brasileiras. Com a rapidez a que muda o mercado, ainda o hei de ver na SIC a elogiar as virtudes das novelas brasileiras. É só dar tempo ao tempo... [gargalhada] Trabalhei na SIC, como sabe, e acho que cada canal tem a sua matriz. A SIC tem uma ligação muito forte à Globo desde o início. Mas deixe-me responder à sua provocação [risos]...
É um bocadinho o homem e as suas circunstâncias. Não, porque as circunstâncias são as matrizes de cada canal. Se eu estiver a trabalhar na RTP, sei qual é a estratégia do canal. Na TVI, a matriz é outra. Tal como é outra na SIC, até porque tenho a vantagem de ter passado pelos três canais.
Não se perca, estava a falar-me da capacidade que a TVI tem de controlar a sua produção, em contraponto com a SIC... É a verdade. Na TVI produzimos tudo o que exibimos. Não dependemos de ninguém. Não quer dizer que os outros não possam fazer as suas opções e que nessas opções tenham também as suas linhas de continuidade, como é o caso da novela brasileira, que em Portugal, durante muitos anos, tem sido um conteúdo muito utilizado, quer na RTP ainda canal único quer depois na SIC.
Houve um tempo, porém, em que o gosto dos portugueses se virou por completo para o produto português. Estou a falar no prime time e das novelas da TVI, que passaram a ter mais audiência do que as brasileiras da SIC. Isso mudou, entretanto. A questão da portugalidade deixou de ser fundamental? Acho que continua a ser fundamental. Não tenho a mínima dúvida de que os portugueses gostam de ver conteúdos portugueses na televisão. Não quero dizer que não possam ver conteúdos internacionais. E vêem com certeza. O que acontece é que há conteúdos que têm mais retorno da parte do público do que outros.
Mas acha que o facto de uma novela ser portuguesa é hoje tão relevante como era há oito ou nove anos, ou hoje o público procura mais a qualidade da novela do que a sua portugalidade? Acho que até é mais relevante. Há dez anos, estávamos a fazer o caminho do euro, um caminho em direção a uma plena integração europeia, de grande dinamismo na economia portuguesa, muito voltada para o exterior. Hoje, a crise fez-nos olhar mais para dentro, para nós e para os nossos valores essenciais. A portugalidade da nossa ficção é cada vez mais importante, cada vez mais valorizada.
Mas se é assim como diz porque é que a TVI, nos últimos meses, perdeu a hegemonia no prime time? Não vou debruçar-me muito sobre as audiências......
Mas eu vou. [risos] Pois, admito. Mas este foi um ano muito atípico, com a migração para a televisão digital terrestre e com a mudança no fornecedor de audiências. E como se sabe, neste momento decorre um plano de correção de erros que foram apontados na montagem do sistema inicial. A TVI, em março, levantou dúvidas muito fundamentadas na forma como o painel estava desenhado, sobretudo, no que respeita à representatividade e à qualidade dessa representatividade. Depois, foi feita uma auditoria que deu razão a esses erros apontados e estamos agora, até ao final do ano, numa fase de correção dessas anomalias.
Mas esse plano de correção está em curso há cerca de um mês e meio, dois meses. E o que acontece é que neste período a SIC reforçou a sua posição no primetime. Mas esse é um movimento que tem também outras explicações. Em função da oferta, há sempre variações. Neste momento existe um processo que está em curso junto da GfK que permitirá resolver os problemas que estão identificados. No fim, o que queremos é que este seja um sistema de audimetria credível para toda a gente no mercado em Portugal.
Neste momento, as audiências que a GfK mede diariamente não são credíveis? Para nós, não. Está a decorrer o processo de correção e, enquanto não estiver concluído, deve ser entendido como um sistema que não está afinado como devia estar.
Portanto, a TVI não acredita que a SIC esteja a liderar o prime time? Não vou comentar casos concretos. Quando olhamos para um painel, há uma realidade, quando olhamos para o outro painel, há outra realidade.
Mas qual outro painel? O painel que existe, e que está homologado pela CAEM, da qual a TVI faz parte, é o da GfK. O outro painel de que fala, o da Marktest, não é o oficial... Sim, o oficial é o da GfK, mas com as características que apontei. E, portanto, a TVI achou melhor cortar com o painel da GfK, que é o reconhecido por todos, e decidiu voltar a apostar na Marktest.
Não acha que isso foi pior para o mercado? Não, não acho. Porque era visível que as audiências da GfK não eram credíveis e que tinham problemas. Além disso, enquanto meio de comunicação, a TVI pode recorrer a outras empresas de audimetria se tem sérias desconfianças da qualidade dos dados que lhe estão a ser fornecidos.
Mas isso é bom para o mercado? Não é uma espécie de querer ganhar na secretaria? Nada disso. Nós fomos muito claros: enquanto acharmos que o painel da GfK não é credível, continuaremos a trabalhar com outros dados.
A TVI não fez este alarido todo com a GfK porque perdeu audiências e deixou de ter a vantagem que tinha sobre a SIC? Não, nós não deixámos de ser líderes de audiências. Continuamos a ser. Essa dúvida até poderia ser legítima se, no fim da auditoria, não se tivesse concluído a existência de problemas e irregularidades. Mas não foi isso que aconteceu. A auditoria concluiu que havia problemas.
Não acredita que a SIC esteja a liderar o horário nobre? Não vou dizer se acredito ou não acredito, porque isso não resolve nada. Posso olhar para os resultados e vejo que temos dias em que ganhámos e outros em que não ganhamos."A SIC tem uma oferta forte em horário nobre"
Faço-lhe a pergunta de outra maneira: acredita que Dancin'Days seja o programa líder em Portugal, de segunda a sexta feira, e que seja visto diariamente por uma média de 1,4 milhões de portugueses e que ainda na segunda-feira passada tenha tido quase 1,8 milhões de espectadores? O que digo neste momento é que a SIC tem uma oferta forte em prime time. Mas nós também temos uma oferta forte.
Portanto, não o assusta o crescimento da SIC no primetime? Trabalhamos num cenário diferente do que trabalhávamos há seis meses. Estávamos habituados a trabalhar num cenário em que havia três canais relevantes: a RTP, a SIC e a TVI. O que aconteceu neste último semestre é que hoje temos um padrão de consumo assente em dois canais, a SIC e a TVI, com a RTP1 mais desligada desta procura de públicos. O padrão alterou-se e vivemos num cenário mais bipolar, com a possibilidade de o cabo, que tem uma quota cada vez mais relevante, ter um aqui um papel importante. Mas estou muito tranquilo: sei que a oferta da TVI é muito forte e o público português está muito ligado a ela. Temos uma grande tradição de ficção na TVI e isso é muito reconfortante para todos.
Pode ser reconfortante, mas a ficção portuguesa já não é um rolo compressor. Não concordo nada consigo. A TVI continua a ser um rolo compressor, não há a mínima dúvida sobre isso.
Comprime menos do que há seis meses... [risos] Comprime e comprime muito. Mas reconheço que a oferta mudou. A SIC exibe hoje desde as 19.00 três novelas brasileiras e uma adaptação de uma novela brasileira. Uma novela portuguesa... Uma adaptação de uma novela brasileira. Lembro-me de Dancin'Days e não era uma novela portuguesa. Era uma novela brasileira.
Uma ideia original brasileira mas feita por atores portugueses, técnicos portugueses, adaptada por autores portugueses. É uma adaptação de uma novela brasileira, que nós vimos todos há muitos anos.
Mas é a novela líder em Portugal... Eu não tenho nada contra a novela brasileira, que fique claro. A Globo tem um padrão de qualidade e de produção que é conhecido de todos. Mas há uma grande diferença entre uma produção que é desenhada de raiz em Portugal e uma outra que não é.
Ao dia de semana, tirando a terça-feira, que é dia de nomeações com Teresa Guilherme, os diários da Casa dos Segredos não beliscam as audiências das novelas da SIC. Temos resultados na casa dos 13, 14 pontos de rating, que são valores muito semelhantes aos valores normais.
O único conselho que dou ao sr. José Fragoso... é que vá com urgência ao oftalmologista... pois só com umas lunetas muito grossas consegue ver a realidade!
ResponderEliminarE lá vem a história de o «D. Sebastião aparecer numa manhã de nevoeiro», falando de uma medidora que não é oficial... e portanto não existe já!
Não ficaria melhor a um diretor de programas admitir humildemente a derrota?
Será que na sua falta de coerência, ele pensa que há duas GfKs a medir as audiências'
Numa acredita: na dos domingos, quando dava bons valores a «ATCNMEE»!
Nunca o vi desconfiar dela!
Mas como perde nos dias úteis... já desconfia!
Saber admitir a derrota... é uma virtude que falta a muita gente!
O José Fragoso fala como um miúdo... e nunca como um adulto!
Esta entrevista só me dá vontade de rir... Tais são os disparates ditos.
ResponderEliminarEste José Fragoso deve ter batido com a cabeça em algum sítio... a que admitir a derrota.
ResponderEliminarA SIC em horário nobre vence coisa que já não acontece há algum tempo.
Este Fragoso! a sério!
ResponderEliminarNão admite a queda da TVI!
ho meu deus ainda por cima, ele diz que os formatos da tvi nao sao importados!! essa até da graça!! as novelas podem nao ser, mas os programas?!
ResponderEliminarSe a estupidez pagasse imposto Portugal não estaria em crise!
ResponderEliminarTambém foi assim que a SIC deixou de ser líder, não admitiu que já perdia...
A SIC só lhe falta uma 2º novela em horário nobre e depois a liderança no day time e a SIC será líder quando aos domingos a SIC apostou no Toca a Mexer mas a cara devia ser a Júlia Pinheiro.
ResponderEliminarA SIC tem de melhorar a sua programação de Sábado
21h00-Nas Ruas
22h10-Gosto Disto
23h00-Serie SIC
-Series prosuzidas pela SIC com as novas caras da Ficção que devem estar mais activas.
00h30-Toca a Mexer
02:20-Filme
mesmo as inspirações dos autores portugueses para as novelas são de coisas já feitas no estrangeiro...
ResponderEliminarPra mim quem perde tem desculpas pra tudo, e esse cara não sabe perde.
ResponderEliminarO José Fragoso fala com uma falta de coerência... bem própria de uma pessoa sem conhecimentos nem cultura!
ResponderEliminarDe um miúdo ignorante, como eu já disse!
Critica «Dancin Days», como uma ideia brasileira, que o entrevistador sublinha como uma novela portuguesa, pois é feita por actores portugueses, técnicos portugueses, por um guionista português, esquecido do seguinte:
«Dancin Days» faz legalmente parte de uma parceria entre a SIC e a Globo, que assentou em remakes e novelas originais.
A TVI «rouba» ilegalmente ideias estrangeiras, que passam na SIC com êxito. É o caso de «Rex- O Cão Polícia», «New Wave»...etc!
Outro ponto que merece destaque e que o entrevistador sublinhou:~
as correcções da GfK, depois da auditoria, e que estão feitas há cerca de mês e meio... afinal acabaram por reforçar a superioridade da SIC nas audiências e a sua liderança no horário nobre e em dias seguidos no total do dia!
O que leva a concluir...que a SIC estava a ser inicialmente prejudicada nas audiências... e as correções vieram colocar tudo no lugar, salientando a liderança da SIC!
E...como é que o Fragoso consegue falar de rolo compressor das suas novelas...quando elas são sempre arrasadas pelas da SIC, não conseguindo liderar em nenhum dia, muito longe da barreira dos 30%?
É como eu digo: faz falta um oftlmologista!
Foi por comentários como o deste senhor que fez com que a TVI deixasse de fazer parte da tv portuguesa, na minha casa!!!. A isto chamo mau perder e falta de profissionalismo. Se este senhor não sabe como responder ao fiasco da programação da TVI, é melhor ir aprender...
ResponderEliminarE COMO A TERESA GUILHERME, AS PESSOAS NAO ACREDITAM MUITO NA GFK, MAS DIAS DEPOIS, CASA DOS SEGREDOS ESTREIA E ELA POE NO FACEBOOK AS AUDIENCIAS MEDIDAS PELA GFK, SE BABANDO TODA PELOS 20% de rating que fez, enquanto que na marktest tinha 18%... e como se diz em cima, acredita.se naquilo que se convem
ResponderEliminarSIC=10 TVI=1,5 para nao dar 0
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