quinta-feira, 11 de outubro de 2012

REJEITAR O "BIG BROTHER" FOI UM ERRO DA SIC


Pedro Norton falou à revista Noticias TV sobre o formato que mudou e revolucionou a televisão em Portugal... O "Big Brother" foi apresentado à SIC, que na altura tinha preferência de escolha sobre a TVI, mas rejeitou o formato por considerar que não se adequava no seu estilo de programação... "Só não comete erros quem não decide"

Se fosse presidente da SIC no ano 2000, teria comprado o Big Brother só para evitar que a TVI o tivesse comprado, como de resto veio a acontecer? [gargalhada] Isso de refazer a história...

Não estou a tentar reescrever a história, estou apenas a fazer-lhe uma pergunta sobre uma decisão importante que, provavelmente, terá custado à SIC a liderança de audiências durante uma década. [risos] Sim, percebo a sua pergunta e onde quer chegar. Ouça, só não comete erros quem não tem de decidir.

Portanto, está a dizer-me que foi um erro não seguir o conselho de Emídio Rangel? [pausa] Fez-se uma ponderação de custos e potencial do programa. Não sei se foi um erro. Enfim, no estrito ponto de vista de que o Big Brother foi o que foi, não me custa aceitar que foi um erro. Mas o facto de o Big Brother não ter vindo para a SIC também marcou o perfil da estação. E aí, por exemplo, não foi um erro.

Mas se a SIC o tivesse exibido, hoje, provavelmente, seria a estação dos reality shows... Se, se, se... Está a pedir-me um exercício difícil. Na altura, tomou-se a decisão com base nos resultados que tínhamos. É difícil colocarmo-nos, agora, no contexto de 2000 e pensarmos na decisão que tomaríamos hoje. É fácil fazê-lo, mas é pouco honesto.

Sente-se mais confortável com este perfil da estação? Não sou, nunca fui nem quero vir a ser programador da SIC. Para isso tenho uma equipa excelente para o fazer, que é liderada pelo Luís Marques, pelo Luís Proença, pela Gabriela Sobral e pela Júlia Pinheiro.

Por essa ordem? [risos] Não, à exceção de Luís Marques, que é diretor-geral, a ordem foi completamente aleatória. É evidente que discutimos as grandes linhas de programação e os enquadramentos orçamentais, mas eles é que sabem de conteúdos.

Está cá há 20 anos, tem noção... Tenho, mas não me reconheço competências de programador. Além disso, mal seria que os meus gostos pessoais ou os do Luís Marques se sobrepusessem à estratégia da SIC. Tenho consciência de que os meus gostos não são os mesmos dos espectadores da televisão generalista.


2 comentários:

  1. Mas se eu estivesse no lugar dele e com os anos da Sic sem nunca a abandonar pensava duas vezes nesta direcção.
    Em 1º Lugar pensava se não há muita gente para esses cargos. Exigia que obtivessem resultados e o mais urgente possível. Caso assim não acontecesse dispensava-os, pois estamos em tempo de crise e para avançar temos que optar por quem nos dá o lucro e quem realiza o trabalho pela empresa e nunca para seu bem pessoal.

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  2. Portanto, está a dizer-me que foi um erro não seguir o conselho de Emídio Rangel? [pausa] Fez-se uma ponderação de custos e potencial do programa. Não sei se foi um erro. Enfim, no estrito ponto de vista de que o Big Brother foi o que foi, não me custa aceitar que foi um erro. Mas o facto de o Big Brother não ter vindo para a SIC também marcou o perfil da estação. E aí, por exemplo, não foi um erro.

    LMAO, atão e o Bar da TV, acorrentados, e masterplan?
    O BB era bem melhor!

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