CENÁRIOS VIRTUAIS SÃO A NOVA MODA DAS TELEVISÕES

terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Cenários virtuais custam menos às Televisões... A informação gosta de Chroma. É barato e otimizável...
O espectador é poupado ao verde-intenso, mas quem faz televisão não...

Com o mercado em crise, os canais começam a olhar para a oportunidade de poupança. Afinal, basta uma equipa de gráficos e de especialistas em computadores para criar um cenário cheio de profundidade e cor, sem cheiro a madeira ou a tintas. Basta projetar como se de um slide numa sala de aula se tratasse. "Os cenários podem ficar, em média, 80% mais baratos do que os reais", disse Manuel da Costa, responsável pela equipa que concebe a cenografia na nova grelha da RTP. Fez "20 cenários em pouco mais de um mês".

Nem todos gostam de avançar números definidos sobre o custo do virtual. Preferem antes contemporizar com o esforço financeiro que é necessário fazer para investir na tecnologia. Vítor Duarte, homólogo na empresa da SIC que gere este departamento criativo, a Bloomgraphics, concorda que "a cenografia virtual otimiza os estúdios, mas requer um investimento muito grande em termos de tecnologias, que são caras". 

Material que, diz o especialista, pode chegar a "300 ou 400 mil euros investidos num sistema", obrigando a reinvestimentos com "alguma periodicidade". Valores que fazem o responsável da Bloomgraphics considerar que, em média, "um cenário virtual poderá sair 50% mais barato". Num ano, o universo de canais SIC compôs perto de uma dezena de cenografias virtuais. O grande "cliente" desta equipa de criativos é, na verdade, o temático noticioso. "Diria que 80% da SIC Notícias é virtual".

O diretor criativo da TVI, Filipe Terruta, tem opinião semelhante. "A cenografia virtual tem duas nuances no dia a dia de uma estação de televisão: A flexibilidade e a velocidade de operação que este tipo de tecnologia oferece. No mesmo estúdio podemos recriar cenários sem fim através de um click. Existem riscos, porque a tecnologia também nos prega partidas, mas é evidente que é uma aposta ganha a nível de rentabilização. A maior desvantagem é que, face à loucura de alguns períodos de trabalho, nem sempre conseguimos ter tempo para o que gostaríamos". Em todo o caso, descreve esta "aposta" como "ganha". "Não só pelo resultado visual, mas também pela diminuição significativa de custos, tanto na execução como na rentabilização do estúdio utilizado para o efeito".

Até os cenários virtuais têm limites...O chroma, que muitas vezes o leitor vê nas revistas quando os trabalhos mostram os bastidores dos formatos, surgiu como a salvação para os canais temáticos, a braços com horas e horas de emissão e sem espaços físicos para poderem ocupar com múltiplos cenários. Por isso, nada melhor do que uma parede que recebia qualquer imagem. Assim, hora a hora, sucedem-se os pivôs, os apresentadores, colocam-se e tiram-se mesas, cadeiras. A parede, essa, é sempre a mesma. A parede, essa, é sempre verde. 

Não é qualquer programa que se presta a ser feito com recurso a tecnologia. A velhinha cenografia dificilmente deixará a televisão e esta é quase uma promessa deixada pelos diretores criativos dos canais.

Vítor Duarte explica que "os talent shows precisam de maior espetacularidade e de jogos de luz e por isso têm de ser reais". Mas não só: "Num programa de grande entretenimento, os convidados são muito mais diversificados e é por isso mais difícil controlar as cores e as roupas." A aposta no virtual é feita, por isso e essencialmente, "em cenários mais ou menos controlados pela produção".

Filipe Terruta não podia ser mais taxativo. "A cenografia virtual não substitui a tradicional. Há programas que são impossíveis de fazer" apenas e só pelo computador. Os formatos de talk show matutinos, como Praça da Alegria (RTP1), Querida Júlia (SIC) e Você na TV! (TVI), ou os vespertinos [é o caso de Portugal no Coração (RTP1), Boa Tarde (SIC) e A Tarde É Sua (TVI)] inscrevem-se neste exemplo. "São programas de maior dimensão que precisam de estúdios grandes, o que significava investir nessa tecnologia", justifica Vítor Duarte.

Na verdade, a presença do público em estúdio é uma das variáveis mais importantes no momento de decidir qual a melhor modalidade de cenário a adotar. E basta pensar: já imaginou o que seria estar a bater palmas à frente de uma parede verde, em vez de uma escadaria rodeada de cor, de rostos famosos vestidos com glamour... Incomparável, não?

Fonte: Noticias TV


1 comentários:

  1. Sem duvida que preferia bater palmas para uma parede verde, do que para os " famosos " cheios de glamour... lol

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