"PASSEI DA LIGA DE HONRA PARA A PRIMEIRA LIGA DA TV", DIZ MARQUES MENDES

quinta-feira, 21 de março de 2013


Numa entrevista à revista Notícias TV, Luís Marques Mendes afirmou: "Passei da Liga de Honra para a Primeira Liga da TV", referindo-se à mudança da TVI 24 para a SIC.
Naquela que é a sua primeira entrevista desde que passou da TVI 24 para a SIC, Marques Mendes explica que a mudança se deveu à vontade de enfrentar um desafio mais ambicioso, e afirma que se tivesse sido convidado por outro canal de cabo não teria aceitado. O comentador diz que não se sente um concorrente de Marcelo Rebelo de Sousa e assume-se preocupado com o futuro dos media...

Estreia-se este sábado como comentador da SIC. Uma vez que passa de um canal de cabo (TVI 24) para um generalista, sente que é como se passasse da liga de honra para a primeira liga da televisão? 
É um bocadinho isso, sim. É uma mudança de campeonato. Mais do que uma alteração quantitativa, é sobretudo uma alteração qualitativa, no sentido de que é um público muito maior, diferente. Portanto, o tipo de exigência também é diferente. É uma mudança de campeonato, sem dúvida.

O que o fez aceitar este convite? O desafio em si mesmo. Gosto de fazer comentário político. Fi-lo durante três anos consecutivos na TVI 24 e não tenho nenhuma razão de queixa da TVI, muito pelo contrário. Deixei a TVI com saudade, com pena e até com mágoa porque fui muito bem tratado.

Se em vez de uma generalista tivesse sido um outro canal de cabo a fazer-lhe o convite, teria aceitado? 
Se fosse mudar da TVI24 para outro canal de cabo nunca teria aceitado o convite. Agora, no momento em que o desafio é passar de um canal de cabo para um canal aberto, evidentemente que, tal como dizia há pouco, é uma mudança de divisão e, portanto, eu apreciei o desafio porque gosto de desafios ambiciosos, exigentes, e acho que a TVI também compreendeu, porque eu não estava a trocá-la mas sim a mudar de divisão. É uma coisa completamente diferente.

Quando começou a aperceber-se de que os seus comentários são ouvidos por muitos portugueses, ajudando-os inclusivamente a desconstruir assuntos complexos como a política e a economia? 
[pausa] Diria que houve duas ou três fases nestes últimos três anos. A primeira fase foi sensivelmente no primeiro ano. Como alguém meu amigo dizia, os meus comentários eram quase clandestinos. A TVI 24 estava a surgir e não teve um arranque brilhante, como toda a gente sabe. Não estava nas várias plataformas e, portanto, independentemente de os comentários terem mais ou menos qualidade, chegavam a um universo curto de pessoas. Depois, houve uma segunda fase, já com a TVI 24 nas várias plataformas, em que os comentários começaram a chegar a um maior número de pessoas e a ter maior impacto. Falava-se muito e comentava-se muito.

Foi aí que começou a sentir que a sua opinião tinha impacto na vida dos portugueses? 
A grande alteração é a partir, sobretudo, da entrada em funções do atual governo, sensivelmente há um ano e meio. Julgo que as pessoas, modéstia à parte, olharam para os meus comentários como um exercício de isenção e objetividade. Criticando quando devia criticar e elogiando quando entendia que devia elogiar. Não era, nem de longe nem de perto, um tempo de antena e, evidentemente, acho que passaram a ter outro impacto e outra influência e as audiências não mentem, porque nos últimos meses, de uma forma mais ou menos consecutiva, a TVI 24 liderava naquele horário.

Agora que passou para a SIC, sente que será um concorrente de Marcelo Rebelo de Sousa? 
Não, não. Nisso sou muito categórico. Não me sinto a concorrer com ninguém. Sou eu próprio, com a minha maneira de ser, com as opiniões que tenho e com o estilo que criei. Gosto, por exemplo, de fazer pedagogia, descodificando as questões para que as pessoas entendam as mensagens. Daí uma coisa que introduzi que é uma novidade nos meus comentários, um conjunto de mapas ou gráficos para explicar mais facilmente coisas que apenas ditas não são fáceis de entender.

Acha que esse é um dos pecados da televisão, não usar uma linguagem acessível a todo o tipo de pessoas? 
Acho que hoje, em Portugal, no domínio da política e da economia, não se fala, de um modo geral, português. Fala-se ou politiquês ou economês. Os responsáveis destas áreas, as elites, não fazem um esforço, na minha opinião, para chegar aos cidadãos. Há uns anos, as pessoas gostavam de olhar para um líder de opinião e, mesmo não compreendendo a mensagem dele, diziam: "Falou bem." Hoje as pessoas só aceitam se compreenderem a mensagem, não chega falar bem. É preciso perceberem a mensagem. Eu tenho uma grande preocupação em simplificar e descodificar, o que não significa aligeirar. É transformar uma mensagem que é difícil numa mensagem que seja simples, compreensível e apelativa.

Uma vez que já esteve ligado à área da comunicação social no governo de Cavaco Silva, como vê o futuro deste sector? 
Não é uma área que conheça bem. Já tive a tutela da comunicação social, mas foi há mais de duas décadas. Evidentemente que é um sector que não foge à orientação geral que está a acontecer no país. Há crise em toda a economia e, portanto, é inevitável que haja crise neste sector. Porquê? Em grande medida, sobretudo, decorrente do abrandamento da atividade económica, que faz também baixar as receitas publicitárias, os anunciantes investem menos e isso é um problema que ajuda a asfixiar os órgãos de comunicação social. Vejo esta situação com preocupação.

E teme que, a longo prazo, venha a pôr em causa o pluralismo e o acesso da população à informação e ao conhecimento? 
Espero que não, desejo que não, mas, evidentemente, que há sempre esse risco.


6 comentários:

  1. Outra vez??? Este post já foi publicado no domingo...

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  2. Foi sim, http://www.blog-sic.blogspot.pt/2013/03/marques-mendes-opiniao-que-conta.html

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  3. Caro Anónimo 21 DE MARÇO DE 2013 ÀS 20:03,

    Mas acha que eu não sei o que é publicado no Blog?

    Ora veja lá as duas noticias e veja se a entrevista está igual nos dois lados...

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  4. Sim está. É a mesma entrevista. Aqui só tem é mais uma ou duas perguntas.

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  5. É a mesma mas esta tem 10 perguntas, a outra tem 3...

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