FRANCISCO MENEZES ADMITE QUE FALHOU COMO APRESENTADOR NA SIC

quinta-feira, 20 de junho de 2013


Grato à TVI pela oportunidade de participar em "A Tua Cara Não Me É Estranha 3", o humorista está agora dedicado a um espectáculo no teatro. Em entrevista à revista Noticias TV, Francisco Menezes comentou as audiências do seu sucessor "Querida Júlia" nas manhãs da SIC, e admite ainda que falhou como apresentador...

O que diz dos resultados de "Querida Júlia"? "Não é algo em que pense. Não sou o público-alvo e não vejo o programa das manhãs, não posso falar. Não faço ideia se é bem feito, se é mal feito, se é injusto, se é justo darem-lhe audiências. O que sei, que aprendi com a Rita, é que é uma batalha muito dura, é um público muito estável, muito pouco dinâmico, que se agarra muito aos canais que há. Quando aparece uma proposta nova as pessoas demoram muito tempo a mudar. Com certeza que a Júlia Pinheiro tem uma batalha muito difícil, como a que nós tivemos, e desejo-lhe a melhor das sortes".

"Companhia das Manhãs" fez que perdesse o encanto pelo pequeno ecrã? "Nunca tive encanto nenhum. Talvez nos primeiros tempos, quando trabalhei na NTV e fazia coisas de que gostava. Mas o meu encanto desapareceu muito rapidamente, mal comecei a fazer televisão generalista perdi logo o encanto todo, porque os interesses comerciais são muito fortes, o trabalho perde todo e qualquer lado artístico. O trabalho de televisão, hoje, é muito reduzido porque o que se sobrepõe a tudo são as audiências e os interesses comerciais".

Porque falhou como apresentador? "Não é para mim, não é o meu registo. Estive a apresentar programas que são feitos para gente que não tem nada que ver comigo, com as quais tenho dificuldades de comunicação".

O que se vê a fazer em televisão? "Aquilo que já fiz bem feito. Programas de sketches, coisas escritas por mim em que possa ter inputs criativos, para um público com um mínimo de subtileza e bom gosto".

Considera-se um bom humorista? "Tenho sempre muito boas reações. O público adora os meus espectáculos, portanto, se medir em termos de reação, direi que sim, que sou um bom humorista. Agora em termos técnicos e tal, não consigo ter essa visão".

É fácil fazer rir? "É o meu trabalho, umas vezes é mais fácil, outras é mais difícil, mas é aquilo para que nasci".

Alguma vez sentiu que o seu humor ultrapassou as marcas? "Sim, claro. Muitas vezes o nosso humor ultrapassa. Qualquer pessoa que faz humor como trabalho às vezes fica menos bem na fotografia, isso já me aconteceu várias vezes e há de acontecer várias ainda, faz parte".

Qual é o limite do seu humor? "O limite do meu e de qualquer humor é a piada. Quando deixa de ter piada já não é humor. Se faz rir tem graça, se não faz rir não tem graça. Acho que é esse o limite. A partir daí é falta de vida própria, digo isto porque muitas vezes faço piadas em que as pessoas depois ficam escandalizadas. Isso tudo é desnecessário e fútil e, para mim, completamente desinteressante".

Leva-se a sério? "Claro. Tenho de levar. Estou a ter esta conversa muito a sério e, apesar de tudo, a profissão que escolhi vive de fazer as pessoas rir e de brincadeiras, mas é o que me paga as contas e tenho de levar isso a sério porque se faltar o dinheiro no fim do mês não há ninguém que mo dê".


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