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A rubrica de opinião de um critico de TV externo, por Nuno Azinheira.
Sim, elas são boas!
Teresa Guilherme e Júlia
Pinheiro andam nisto há muitos anos. Há tantos anos, e em formatos tão
marcantes, que sabem bem que no final de cada um, há sempre aquele momento
fofinho, em que alguém lança uma retrospetiva das últimas semanas, com imagens
das próprias ora a rir, ora a chorar, ora em pé, ora deitadas, ora de vermelho,
ora de amarelo. É um clássico, que toda a gente sabe que existe e que espera
para ver. Teresa e Júlia, porém,
mostram-se sempre muito surpreendidas e agradecem comovidas o gesto, como se
ele não fizesse parte de qualquer alinhamento que se preze.
Independentemente de
tudo, e até das audiências que cada programa conquistou para a estação que o
emitiu (e nisso, há que reconhecer, a TVI não deu hipóteses à SIC...), Teresa e
Júlia são muito competentes naquilo que fazem. Pode dizer-se que o que fazem é
lixo, é apelar aos sentimentos mais básicos e que elas são, precisamente, as
principais patrocinadoras desse tipo de televisão feita de emoções.
Digam o que disserem
(elas têm as costas larguíssimas...), mas é precisamente essa televisão que
rende hoje audiências. E é nos intervalos desses programas que a maior parte
dos patrocinadores investe o seu dinheiro. Teresa e Júlia sabem bem o que o
público gosta e como fazer para agradá-lo. Os tempos mudaram. A televisão e os
gostos populares também. Mas há uma coisa que
permanece igual: as pessoas adoram elogiar os programas que não veem e
maltratar os que não dispensam. Se a opinião pública tivesse eco na realidade,
a RTP2 seria líder de audiências. E o "Big Brother" e o "Splash!", juntos, jamais
teriam tido mais de 2,5 milhões de espectadores.
Autor: Nuno Azinheira em Diário de Noticias.
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