Raquel Strada: "É impossível colocar-me
nos pés de dois monstros da televisão"
É mais fácil substituir Júlia
Pinheiro ou Fátima Lopes? "São duas pessoas completamente diferentes,
cada uma tem uma forma de comunicar muito específica. Mas eu tento sempre ser a
Raquel Strada, é impossível colocar-me nos pés de dois monstros da televisão.
Fiz o melhor que sabia e nunca estou a tentar substituir ninguém".
Qual é a sua matriz? "Gosto de conversar, mas também gosto do
registo mais leve, mais divertido".
Consegue desligar-se dos dramas
de vida que passam pelos programas? "Muitas vezes não consigo separar-me deles e
levo-os para casa porque tenho de saber as histórias antes de serem apresentadas
nos programas. É muito difícil, por vezes, desligar, há histórias de vida que
são marcantes".
Alguma em especial? "Há histórias que me marcaram e não passaram
necessariamente por mim, não fui eu que as preparei. Quando estava na redação
do Querida Júlia,
lembro-me de uma miúda que tinha perdido os pais e vivia com a avó. Tinha
imensos problemas, mas estava sempre com um sorriso".
Ela passou a fazer parte da sua
vida? "Não, mas pensei nela durante muito tempo,
aquela rapariga é, ainda hoje, um exemplo de vida".
Trabalha para o público
infantil, para o juvenil nos festivais de verão, para as mulheres na moda, para
os mais velhos no day time. Não é um bocado esquizofrénico? [Risos] "É um pouco, mas as pessoas nunca
são só uma coisa, são várias e eu gosto disso. Não me sinto uma coisa ou outra,
vou podendo fazer vários registos, estou numa fase intensa e posso experimentar
várias coisas".
Com que público se sente mais à
vontade? "Com todos. O meu objetivo, enquanto
comunicadora, é passar uma história, é ser o fio condutor. Gosto de festivais e
de música, gosto de moda e de falar sobre isso, dos criadores nacionais, de
ajudar as pessoas a melhorar a imagem, gosto do day time. Se calhar, daqui
a uns anos vou querer outras coisas, isto não é estático".
Ser amiga dos filhos de Júlia
Pinheiro e ser visita de casa facilita ou prejudica? "O Rui [Maria Pego] é um amigo e a Júlia é a
minha diretora. Ela é absolutamente extraordinária, mas não misturo as coisas.
Sinto que a Júlia trata toda a gente com a mesma imparcialidade e propõe
consoante aquilo que acha melhor. Gosto dela e não é por ser amiga dos filhos,
já gostava dela desde a Noite
da Má-Língua".
Fonte: Noticias TV
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