José Diogo Quintela, Miguel Góis, Ricardo Araújo Pereira e Tiago Dores vão voltar a seguir ao "Jornal da Noite" para resolverem a crise em 15 minutos. Humoristas da nossa praça analisam e comentam este regresso...
Apesar
de curto, este é um dos regressos mais ansiados pelo público português. Ricardo
Araújo Pereira, José Diogo Quintela, Tiago Dores e Miguel Góis voltam hoje à
antena da SIC para resolverem a crise numa
conversa única "de 10 a 15 minutos", como assegurou Luís Marques,
diretor-geral da SIC.
Mas o
que acham os humoristas da nossa praça deste regresso, agora que já passaram
quatro anos desde que terminou o magazine "Esmiúça os Sufrágios?" Herman
José explica que "em arte não há insubstituíveis". "Felizmente,
a televisão está bem servida de humoristas. Todos fazemos falta e todos somos
descartáveis", diz o artista,
sublinhando que o afastamento não foi total, visto que o quarteto esteve sempre
em antena como protagonistas de campanhas publicitárias da Meo. "O público
tem tido felizmente a felicidade de os ver abundantemente nos excelentes
anúncios da Meo, pelo que imagino que não se poderá falar em saudade."
Maria Rueff tira o "chapéu" a este
"regresso" e revela-se fã dos sketches imortalizados pelo
grupo. "Fico muito contente e o que espero ver, sempre que eles aparecem,
é um golpe de inteligência. Não preciso de ser surpreendida até porque é muito
difícil fazê-lo, todos nós fazemos reciclagem do que são as nossas influências.
Espero outros produtos de inteligência que me façam rir até às lágrimas. Sou
uma fã privilegiada".
Da mesma opinião é Ana Bola que aplaude esta iniciativa da SIC.
"Acho fantástico que eles regressem. Acho que eles já estavam há tempo
demais fora do ecrã. Acho que fazem falta, fico muito contente com o regresso
deles. Tenho de destacar o Ricardo Araújo Pereira porque é o mais visível, faz
imensas coisas, escreve crónicas, rádio... e tem muitos seguidores. É uma
excelente aposta da SIC."
O argumentista João Quadros, que já escreveu para humoristas de
topo como Herman José e Bruno Nogueira, também se revela fã do humor dos Gato e
lamenta que este regresso seja pontual. "Humor de qualidade faz sempre
falta. Gostava muito do que eles faziam e era bom ter mais um programa na TV
portuguesa".
Mas afinal o que pode este quarteto acrescentar ao humor, que já
não se tenha feito nestes últimos quatro anos? Ana Bola não tem dúvidas:
"Acho que estamos todos à espera de uma alfinetada no que se passa em
Portugal nesta altura, na atualidade. Os Gato são com certeza uma inspiração
para as pessoas mais novas do que eles, tal como o Herman os influenciou a eles
também. Não tenho dúvidas de que fazem escola, hoje em dia não nos faltam
motivos para fazer humor."
Para Herman José não há espaço para grandes inovações.
"Desde a revolução Monty Python que é muito difícil trazer algo de novo ao
humor. Todos nós vamos recreando ao sabor da nossa imaginação e sobretudo da
nossa inspiração. O humor não evolui, adapta-se aos momentos. De 2009 para cá,
muito pouco mudou".
A colega Maria Rueff destaca o papel do
artista na construção do humor como o conhecemos hoje e aponta os Gato como um "belíssimo"
produto dessa transformação. "Houve uma viragem com o Herman. Todos somos
uma sequência da evolução que ele fez, que coincidiu com o pós-25 de Abril, e
que outros cómicos sob censura dificilmente conseguiam fazer. Ele começou a
abrir fronteiras. Somos todos subprodutos dessa grande viragem. Aliás, os Gato
começaram a escrever para mim e para o Herman. O humor está num belíssimo
caminho, nomeadamente o deles, que é com inteligência." Por isso mesmo a
humorista percebe que o público esteja expectante: "Acho que as pessoas
estão muito curiosas por produtos que sejam bons, honestos e sobretudo
vanguardistas, e é isso que os Gato fazem. Não houve uma ausência a 100%, o
Ricardo, por exemplo, continuou no Governo Sombra [TSF/TVI24]. As pessoas
estão sequiosas de bons produtos, feitos com inteligência."
Fonte: Noticias TV
Penso que a SIC faz muito bem apostar nos gato fedorento,a SIC devia também apostar em Ana Bola,Maria Ruef,Manuel Marques,Joaquim Monchique e Victor Norte
ResponderEliminarParece evidente que o grande público não está interessado em ver pessoas como a Maria Rueff, o Joaquim Monchique, a Ana Bola, o Manuel Marques ou o Herman José e para isso basta atentar às pobres audiências dos últimos programas de que eles fizeram parte! Se a RTP se viu livre dessas pessoas, a que propósito é que a SIC lhes ia pegar ? O contrário se passa com o Gato Fedorento, cujo regresso, apesar de fugaz, está a suscitar grande entusiasmo junto de toda a gente.
ResponderEliminara ana bola?a maria rueff?o joaquim monchique?o herman josé?o manuel marques? o povo não quer ver essa gente será que ainda não viram isso?será que ainda não basta os sucessivos fracassos que eles protagonizaram na rtp?a sic já tem tanta gente que não agrada ao povo só faltava agora ir buscar mais um mão cheia de ignorados.
ResponderEliminar