JOÃO BAIÃO FALA DO REGRESSO À SIC E DA SAÍDA DA RTP1

sábado, 10 de maio de 2014


Apresentador volta à SIC em "Sabadabadão" aos sábados à noite...

João, ao final de seis meses de namoro, a Júlia lá conseguiu que dissesse "sim" a uma proposta de casamento... João Baião: Ai... e que belo casamento. Estamos muito felizes e no sábado vamos ter muitos filhos. Todos os que estão na plateia [de Sabadabadão] vão ser filhos [risos].

E o parto é já amanhã, dia em que se estreia o programa... É verdade! O que sei é que nestas duas últimas semanas, em que tenho gravado algumas coisas, me tenho divertido muitíssimo. Obviamente que ainda estou a arrumar a casa. Saí de uma e estou a instalar-me noutra. Quando tudo ainda estava a terminar [Praça da Alegria na RTP1 e A Grande Revista à Portuguesa no Teatro Politeama], já eu estava com a cabeça neste programa.

Como tem sido a adaptação a esta nova casa? Tem sido lenta, mas dá para ter o devido efeito de distanciação e perceber que este programa é muito divertido, e também por isso aceitei fazê-lo. Era para ir de férias, mas o Sabadabadão faz muito o meu estilo.

Porquê? Para já, é um tipo de programa que não se faz há muito tempo em Portugal, que tem uma interação muito grande com as pessoas - pode literalmente entrar dentro de casa delas. Depois, esta partilha desta grande festa com a Júlia [Pinheiro] também me está a deixar muito entusiasmado.

Nervoso porque se trata de um programa novo ou pelas expectativas depositadas em si com esta mudança da RTP para a SIC? Coisas novas são sempre coisas novas. O Sabadabadão tem tudo novo, desde a transferência da RTP para a SIC, o que implica uma outra linguagem, passando pela abordagem a um novo horário, até ao próprio programa, que é uma aposta como já não se faz há muito tempo na nossa televisão. Agora, se vai perguntar se tem algo de original...

Não ia, mas posso... É que tem! Basta ter duas pessoas que nunca se encontraram à frente da mesma câmara. Só por isso já é diferente. E porque a televisão mudou muito nos últimos anos, há uma abordagem diferente mesmo em relação a coisas que as pessoas já conhecem.

Sente uma responsabilidade acrescida por ser o seu regresso à SIC? Eu não faço essa distinção!

Mas o espectador pode fazer. Não sei... Encaro sempre qualquer trabalho com a mesma responsabilidade e com o mesmo empenho. Quem está do outro lado merece todo o nosso respeito e toda a nossa dedicação, independentemente da antena em que estamos a transmitir ou do que estejamos a fazer. Num país democrático, o juízo cabe ao espectador.

Foi o poder apresentar "Sabadabadão" que o fez aceitar trocar a RTP pela SIC? Não foi o programa que pesou na minha decisão.

O que é que pesou? Tudo.

A mudança? Essa palavra teve um peso gigante: a mudança. O sentir que aqui tenho projetos diferentes, com uma outra linguagem, o poder trabalhar com outras pessoas, recuperar o trabalho com aquelas com quem já tinha trabalhado. Embora estivesse muito bem, e com uma dose de confiança por parte da direção de Programas da RTP muito grande, e estivesse muito ligado a uma pessoa que ficará para sempre na minha vida...

Está a falar da Tânia [Ribas de Oliveira]. Sim, da Tânia. Quando nós trabalhamos com amigos é uma coisa, quando começamos por trabalhar com colegas que depois se tornam nossas amigas é outra. Quando se tem uma estabilidade muito grande dentro do que se estava a fazer, quando temos uma parceira de trabalho, uma companheira, uma amiga, tudo é bom. Mudar é sempre complicado porque deixamos para trás um pedaço do coração muito grande.

Foi isso que o fez ponderar o convite durante seis meses? Foi um período de autoanálise. Foi um trabalho solitário e longo da minha parte no sentido de perceber o que é que me apetecia nesta altura. Porque sou um Balança, como as pessoas entendidas nestas coisas dos signos dizem, e um bocado desequilibrado e inquieto em termos de decisões, foi mais um período de introspeção.

Além da necessidade de mudança, regressar ao canal em que se notabilizou com "Big Show SIC" há quase 20 anos teve influência nessa decisão? O apelo da cor da SIC, do brilho, foi sempre aquilo que esteve presente... [pausa]. Mas todos começámos na RTP, que foi a grande escola de televisão em Portugal. Antes do Big Show SIC, que é a referência que as pessoas têm, já tinha feito A Grande Noite para a estação pública, que também teve um impacto muito grande.

Não tanto como o "Big Show SIC". Porque na altura de A Grande Noite os canais privados estavam a nascer. A força da RTP era muito grande. O que digo é que este "namoro" com a SIC não foi bem um namoro, mas um período de introspeção da minha parte. Isolar-me no meio da confusão, para analisar o que seria melhor para mim, foi complicado. Qualquer dos dois caminhos eram bons para mim. Eu acabei por dar este salto, que é perigoso.

Perigoso? Sim, porque é sair da casinha que já está instalada.

Sair do conforto do lar? Sair do que estava estabilizado.

Precisava do desafio? Do desafio, do estímulo. Com 50 anos e da forma como me sinto, com muita energia, acho que ainda é muito cedo para me acomodar a uma situação que está estável. As propostas que a SIC me apresentou seduziram-me muito.

Hugo Andrade [diretor de Programas da RTP] disse que contava consigo para protagonizar uma próxima série. O Andrade é uma pessoa fora de série. Antes de ele ser diretor de Programas já éramos amigos e nutro por ele um respeito e uma admiração muito grande. Mas, de facto, o difícil disto tudo foi não o desiludir e... deixar a minha Tânia.

Fonte: Noticias TV

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