JORNALISTAS CONVIDADOS A VIVEREM EXPERIÊNCIAS DO "SPLASH!"

terça-feira, 25 de junho de 2013


Parece fácil, não parece? Pois, mas, acreditem, não é. A revista Notícias TV foi convidada para passar por tudo o que passam os concorrentes de "Splash!", e Ana Filipe Silveira não se fez rogada. Ainda com o coração aos saltos, conta a aventura na primeira pessoa...

"Ah e tal, vou ali e atiro-me dos 10 metros na boa", ouvi dizer, aqui há dias, um jovem dos seus 13 anos. Pensei de mim para mim que "dos 10 não sei se serei capaz, mas dos 5 também eu". Hoje posso dizer que estava enganada: nem dos 10, nem dos 5. O veredito surgiu ao final de três horas sob o comando de César Peixoto e Miguel Moreira. Os treinadores de "Splash! Celebridades" proporcionaram a um grupo de jornalistas o mesmo treino por que passam os concorrentes do programa da SIC. Agora sim, estou em condições de afirmar que saltar das pranchas do Jamor não é pera doce.

Várias nódoas negras e o corpo feito em fanicos. Foi este o resultado da "experiência completa", como lhe chamou a produtora FremantleMedia.

A experiência completa significa ter ido até ao ginásio da Faculdade de Motricidade Humana, mesmo ao lado do Complexo Desportivo do Jamor, para praticar "a seco" o que mais tarde viria a tentar na água. Ou não, mas em relação a isso já lá vamos.

O aquecimento é essencial. Bem mandada, comecei por atirar o tronco ora para a esquerda ora para a direita, ora para baixo ora para cima... e as dores que assaltam quem já raramente faz exercício físico não perderam tempo. "Olá, viemos para ficar contigo uns dias", ouvia-as sussurrar ao ouvido. As chatas não mentiram. Não lhes liguei, pensando que perdoariam quem como eu, na infância e juventude, se dedicou cem por cento à atividade física. Foi nessa altura que me lembrei que, minutos antes, tinha assinado um termo de responsabilidade: "Declaro que estou em perfeitas condições físicas e que não sofro de nenhuma doença, enfermidade ou impedimento que inviabilize a minha participação nos treinos de Splash! Celebridades."

O leitor pode imaginar o efeito que estas palavras têm nestes momentos. "Estou? E se não estiver? O que pode acontecer?" Ups!...

Mesmo assim continuei a fazer o pino, a esticar tendões, a estalar ossos. "É difícil, não é? Deviam fazer isto em casa todos os dias. Só vos fazia bem!", ria-se o treinador César Peixoto. O pior começou meia hora depois, quando a cama elástica teimou em não me deixar controlar o corpo no momento do voo, quando ter de me deixar cair de um metro de altura para um colchão me pareceu loucura ou quando ter de subir a um espaldar para me atirar para uma piscina de cubos de esponja (eu sei, foi de pés, mas mesmo assim assusta!) me fez disparar o coração a um ritmo alucinante.

O treino dos 24 participantes do programa da SIC é "compactado". Ficam a par em poucas horas e através de métodos "aldrabados" o que deveriam aprender em meses de prática. "Não temos outra hipótese, uma vez que só treinam cerca de dez a doze horas antes do direto de domingo. Por isso, o que eles fazem e o que vocês, jornalistas, estão hoje a fazer é uma forma de conseguirmos que captem as noções básicas para poderem saltar para a água sem perigo", alertou César Peixoto. "Assim sendo, não há tempo a perder. Vamos lá, vamos lá. Todos ali para o trampolim. Vamos dar cambalhotas como fizemos no colchão, mas desta vez vão ter um arnês a agarrar-vos. Pode ser que algum de vocês consiga fazer isto tão bem que depois é só chegar à piscina e fazer um mortal para a água", desafiou o treinador.

"Quem vai ser a cobaia?" E lá fui eu. Cambalhota, só mesmo à retaguarda, mas sempre com a ajuda da assistente que ali estava. Ou seja: de certeza que ninguém me vai pedir para fazer um mortal [estão a ver o sorriso?].

A hora da verdade...
Piscina. Nervos. Pranchas. Pânico. Calor. O meu cérebro deve estar a falar comigo mas não o ouço. "Vamos atirar-nos dos dez metros?", pergunta uma jornalista. "Eu nem dos dez centímetros", responde outra. Com os fatos de banho vestidos lá nos abeirámos da piscina.

"Estão a ver aquele repuxo por baixo das pranchas? Aquilo não é só para fazer efeito. Serve para quem está lá em cima não ver o fundo da piscina quando olha para baixo", explica o treinador Miguel Moreira.

"Parecendo que não, sempre ajuda, caso contrário a nossa mente iria reter o fundo da piscina, que está a cinco metros da superfície, o que a juntar à distância que vai desta até à prancha poderá assustar", explicou.

Já disse que tenho vertigens? Pois, não disse. Mas tenho. Não muitas, é certo, mas algumas. Não se fazem sentir à beira da piscina, de onde me atirei de pés dando um "saltinho simples" para a frente, nem do trampolim de um metro. Aqui, saltar de cabeça para a água nem é complicado e foi aí que fiquei a perceber que o sucesso de um primeiro salto é de extrema importância para que cresça em nós a confiança e, pelo menos, voltarmos a repetir. No caso, as repetições não são muitas. Sem tempo a perder, César Peixoto e Miguel Moreira fazem o que melhor sabem: aliciar à prancha seguinte. Primeiro de pés, para que se entenda a duração do voo, depois de cabeça.

O piso à volta da piscina é escorregadio. As escadas em caracol, brancas, não lhe ficam atrás e quem as sobe sabe que dão acesso ao precipício. Próxima paragem: três metros. "Não parece, mas as pranchas também oscilam para ajudar a dar o impulso na saída", diz um dos treinadores, ao mesmo tempo que dá pulos e abana aquele comprido e estreito chão. Como prometido, o primeiro salto é de pés. "Em posição e força... Isto não custa nada", continua. Ahhhhhh... Saltei. A sensação de cumprir um objetivo - por esta altura os três metros são o objetivo; as pranchas mais altas passaram a ser apenas um desejo - enche-nos de orgulho de nós mesmos... assim como parte da água da piscina nos enche as narinas e os ouvidos.

Alguns dos concorrentes que participaram na última eliminatória de "Splash! Celebridades", apresentado por Júlia Pinheiro e Rui Unas, já chegaram ao Jamor para mais um treino. Sentam-se nas cadeiras reservadas aos jornalistas que assistem ao programa no local. E sorriem. Com os ouvido a zumbir da água que não quer sair e o sabor a cloro no palato, aceito mais um desafio: saltar novamente da prancha de três metros, desta vez de cabeça. Tal como fiz no trampolim de um metro e sempre com a ajuda de um treinador, coloco o corpo em posição e... hesito. Tomar a decisão de saltar não é fácil. "Isto deve ser da idade! Se eu tivesse 13 anos, como o rapaz do outro dia, até dos dez metros me atirava", penso. Inclino e corpo e deixo-o cair.

Dizem que é suposto contrair a barriga e as nádegas, manter as pernas e os braços esticados e a cabeça no meio destas. A minha única certeza é que os olhos estavam fechados. Tudo o resto é para coordenar em simultâneo.

Devem ter sido uns três segundos de queda, mas pareceu-me bastante mais. Eu sei, eu sei, muitas das celebridades de "Splash!" saltaram de 5, de 7,5 e de 10 metros. Eu pisei a prancha de 5. E voltei para trás. As vertigens são traiçoeiras, mas eu não vou participar em nenhum concurso. "Estou só a fazer a experiência", digo para mim. E é tão surpreendente a quantidade de pensamentos que a nossa mente produz em apenas três segundos...

Fonte: Noticias TV

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