Famosos vão pegar touros com manifestação à porta...
O espetáculo em que celebridades vão ser
forcados por uma noite está a gerar polémica. Defensores dos direitos dos
animais agendaram protesto. SIC desvaloriza.
A temperatura vai aquecer à porta da Praça de
Touros do Campo Pequeno no próximo dia 13 de julho. "Olé!",
evento em que caras conhecidas como Marco Borges, Merche Romero, Ricardo
Trêpa, Dina Pedro, ou José Castelo Branco vão ser forcados por uma noite, está a gerar polémica e já
está agendada uma manifestação à porta da praça taurina lisboeta. A ação de
protesto, convocada pela Animal (organização não governamental de defesa dos
direitos dos animais), arrancou nas redes sociais, com o pedido de envio de
e-mails e telefonemas para a SIC.
"Indignação" é a
palavra que define a posição da organização não governamental... "A SIC era,
até agora, a única estação generalista que não apoiava a tauromaquia. Ficámos
muito aborrecidos e chocados, bem como todos os nossos apoiantes, com esta
tomada de decisão, que não conseguimos perceber. A única razão que encontramos
para este programa acontecer é quem decide a grelha ter um interesse
tauromáquico qualquer", afirma Rita Silva.
A presidente da Animal revela que está agendado
um protesto para dia 13, à porta do Campo Pequeno... "Se a SIC levar este
espetáculo por diante, não estaremos só a protestar contra a tourada, mas
também contra a SIC", acrescenta a responsável.
Júlia Pinheiro, Diretora de Conteúdos da SIC, responde de forma irónica à
manifestação convocada pela organização não-governamental: "Nesta altura
dos acontecimentos, em que o mundo está a desabar, o local indicado para
convocar uma manifestação parece-me ser à porta de um programa de
televisão!", explicando ainda o porquê de
levar à antena a festa brava... "Este é um programa em que pretendemos
homenagear uma tradição que é absolutamente única no mundo: os forcados. As
pegas de caras são um património nacional importante. São de uma nobreza e de
uma coragem extremas e representam a coragem no seu estado mais puro",
acrescenta Júlia Pinheiro, garantindo que: "os animais não vão ser
maltratados".
Ainda segundo Rita Silva, a SIC já teria recebido "cerca de 800 e-mails" contra "Olé!"... "A SIC está a fazer uma coisa muito desrespeitosa. Estão a apagar e-mails
sem os lerem. Estão a enviar várias respostas-tipo às pessoas, e uma delas
refere que a estação "não comenta a suas escolhas de grelha". Não
comentam?! É claro que têm de comentar! Estão a falar para os seus espectadores!", afirma a responsável da organização de defesa dos
direitos dos animais, que adianta que, depois da emissão, a Animal vai avançar
com uma queixa junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC).
Confrontada
com estas afirmações, fonte oficial da SIC confirmou que a estação está a
receber queixas relacionadas com o programa, mas nega que as mensagens estejam
a ser eliminadas... "Os e-mails estão a ser respondidos no próprio dia e
reencaminhados para os responsáveis de produção".
"A única coisa que vai ser usada é a força
humana contra a do animal"...
"Olé!" é uma produção da Milky Way para a SIC. O formato foi criado por
Piet-Hein Bakker e Pedro Curto, "há três meses, sem grande segredo",
e o objetivo é exportá-lo para países onde também exista tradição taurina... "As celebridades que convidámos vão treinar com dois grupos de forcados.
Depois dos treinos, é avaliado qual o peso do touro usado na pega e que lugar
ocupará o concorrente na formação", explica Piet-Hein Bakker. O produtor
faz questão de realçar que os animais que vão atuar na Praça do Campo Pequeno
(e que são provenientes da ganadaria Brito Paes) "não vão ser
picados". "Não vão ser usadas bandarilhas. A única coisa que vai ser
usada é a força humana contra a do animal", acrescenta o produtor.
José Pedro Pires da Costa, cabo do Grupo de
Forcados Amadores de Santarém, explica como se vão processar os treinos dos
seis concorrentes... "Durante estes quatro dias de treinos [que começam
hoje] temos de falar com os participantes, ver qual a sua aptidão para estar
mais à frente e qual a sua disposição para encarar o touro de frente",
explica o forcado.
Quanto aos apresentadores, desvalorizam a polémica, José Figueiras... "Este programa é mais para a brincadeira. Não
estou a ver isto como uma coisa macabra. Isto não é uma tourada. É um programa
estilo Splash! mas com pegas". Bárbara Guimarães revela estar
entusiasmada em conduzir o espetáculo, que terá um público de 4000 pessoas na
praça, e garante que "os touros não vão ser magoados". "Já em
relação aos concorrentes, não sei o que pode acontecer [risos]",
brincou a apresentadora.
Fonte: Noticias TV
Que exagero. Sou completamente contra as touradas, mas quando os fazem sangrar espetando.lhes aquelas coisas, que nem sei o nome. Agr isto, nao e nada d mais. Ninguem vai ferir o animal. E simplesmente uma pega d corpo a corpo.
ResponderEliminarTambém não entendo o porquê de tanto alarido...
ResponderEliminarRealmente acho que as pessoas estão a exagerar...
ResponderEliminarEu não sou defensor das touradas. E embora até goste de ver "o espectáculo televisivo da tourada" não concordo que os animais sofram.
Mas neste caso, isto não será uma tradicional tourada, e já foi dito que os animais não vão sofrer porque não vão ser picados!
Acho que se estão aproveitar da situação. Isto é apenas "uma festa de verão" com famosos a fazerem de forcados...
Pode ser bom para o programa esta polemica gerada. Em termos audiometricos
ResponderEliminarate paece que as pesoas não comem carne ou usam casacos de pele os animais sofrem ainda mais
ResponderEliminarBoa
ResponderEliminarEu também sou contra as touradas, mas agressão e violência não se resumem e reduzem a apenas ao surgimento de sangue. Há outras formas de ferir o animal, ser tão digno como nós.
ResponderEliminarPodem ser só pegas, mas há a provocação, há o stress, há o animal que fica desorientado, fica cansado.. isso são factores destabilizadores. E fazerem um programa, que embora não implique sangue, desrespeita o animal é promover o desrespeito pelos animais. Claro que há coisas piores, mas um programa assim não é completamente necessário e crucial. Há outras formas de divulgar a cultura, e rassalva: a nossa cultura, e há outras formas de entretenimento. Um entretenimento com sucesso. Não coloquemos o nosso país que já é visto tão no fundo, ainda pior. Tenhamos pelo menos brio e orgulho em algumas coisas que fazemos para poder demonstrar lá fora que não somos assim tão pequeninos como nos querem ver. E este programa é medíocre nesse sentido.