1.O arranque, no domingo, do Portugal tem Talento pode encarar-se como a abertura das hostilidades da SIC para 2011 para iniciar uma batalha pelo primeiro lugar nas audiências?
É de facto o nosso primeiro grande lançamento e é também o primeiro "evento" do ano televisivo. Queremos que seja uma marca no nosso percurso em 2011. A SIC vai crescer em 2011, não temos sobre isso qualquer dúvida, mas para que seja um crescimento sustentado precisamos de encaixar todas as peças do puzzle. Esta é apenas a primeira.
2. Esta é uma das mais fortes apostas da SIC para este ano?
Sim, pelas razões que já apontei. É um programa da linha de outros que fizemos e que foram muito bem sucedidos como o Ídolos ou o Achas Que Sabes Dançar. A SIC tem uma identidade - muito ligada a estes programas numa linha feel good tv. Também queremos continuar a diversificar a oferta e digo isto também para descansar pensadores de vistas curtas que acham que estamos a replicar a programação dos nossos concorrentes.Ainda sobre o Portugal Tem Talento acho importante sublinhar a excelente recepção do mercado publicitário. Em poucos dias todas as quotas de patrocínio estavam preenchidas. Boa televisão e altamente rentável é o que queremos.
3. Que outras estreias se vão suceder? Para quando está programado o arranque da nova série diária de humor “A Família Mata” ?
A Família Mata estreia no início de Março. É uma peça chave da nossa oferta em prime time. As gravações arrancaram, o elenco é fantástico com nomes que aparecem pouco na televisão -como o Zé Pedro Gomes ou a Rita Blanco.
4. E há novidades sobre o magazine da Manuela Moura Guedes? Para quando a entrada na grelha? E para que dias está projectado?
Continuamos a fazer o trabalho de casa com a Manuela. Há uma expectativa tão elevado à volta do regresso dela que o pior que nos poderia acontecer seria fazer um mau programa só para o ter rapidamente no ar. A SIC nunca anunciou datas, quando for a altura de o fazer isso será feito.
5. E as manhãs ficarão a cargo da Júlia Pinheiro a partir de quando?
A Júlia, e todos nós, estamos a trabalhar a um ritmo intenso. Temos um conceito e um modelo (que a Júlia definiu), estamos a fechar a equipa e já a trabalhar. A produção executiva será da Endemol e isso é óptimo porque é uma produtora de topo com uma máquina afinada. Também fechámos o nome, a linha cenográfica e a linha gráfica. Estaremos prontos no início de Março logo a seguir ao Carnaval. Há quem pense que criar e montar um programa de televisão é o equivalente a fazer um blog mas não é assim. É um trabalho de equipa que envolve muitas variáveis. Dito isto vamos ao combate num terreno onde os nossos rivais são fortes. Levará tempo mas temos a melhor pessoa para conseguir ganhar.
6. E o Peso Certo? Quando arranca?
No ar só no segundo trimestre. Temos a data mas ainda não a queremos anunciar. No terreno já arrancou. Estamos a falar de uma pré produção e produção muito complexas e nunca feitas em Portugal.
7. E nas novelas estão já a programar novas apostas? Quando começam a contar com as novas contratações de actores? Pretendem ficar com quantos actores exclusivos da SIC no final das contratações?
Na novela temos o texto escolhido -é um remake de uma novela da Globo. Faremos o anúncio em conjunto no final desta semana conforme combinado na última ronda de reuniões no NATPE. Mas estamos a trabalhar a todo o fôlego no guião e no elenco. A obra será adaptada pela Patrícia Muller e no último mês ela já trabalhou todos os dias no texto e na sua adaptação à realidade portuguesa. O trabalho está a seguir a planificação que tínhamos feito. Pretendemos ter um corpo de cerca de 20 actores -mesmo assim menos de metade da TVI.
8. Acredita mesmo, como foi dito no dia da chegada de Júlia Pinheiro à SIC, que o panorama das audiências de TV vai mudar e que o mercado está a mudar? Que apostas para este ano da SIC servem melhor essa era de transformação?
Isso é uma longa discussão... Alguns factos: o novo sistema de medição pode mostrar um cabo mais forte mas no cabo o universo de canais da SIC tem uma liderança destacada. Quanto ao resto quero ver como vai a RTP viver numa certa normalidade depois de 2 anos de total desproporção no investimento por comparação com os canais privados. Ouvimos falar em cortes mas é melhor esperar para ver. Julgo que a TVI continuará forte e tenho alguma dificuldade em perceber algum nervosismo que tem evidenciado. Nós, finalmente, teremos mais capacidade porque o nível de compromissos do passado está em grande medida resolvido. Foi um espartilho! Agora falta fazer muito: solidificar linhas de programação, inovar nalgumas faixas, potenciar o talento e ter ou recuperar a confiança dos espectadores que é o mais importante num meio de comunicação.